O Almirante Rob Bauer, presidente do Comité Militar da NATO, composto pelos chefes de defesa dos países membros, avisou que a guerra está de volta à Europa. Falando na Conferência de Segurança de Berlim, Bauer sublinhou que as empresas da Europa e dos Estados Unidos devem preparar-se para cenários semelhantes aos de um conflito. O Comissário sublinhou que as decisões comerciais têm implicações estratégicas para a segurança nacional.
“Os líderes empresariais na Europa e na América têm de compreender que as decisões comerciais que tomam têm consequências estratégicas para a segurança da sua nação. As empresas precisam de estar preparadas para um cenário de guerra e ajustar as suas linhas de produção e distribuição em conformidade.”
Como é que as empresas se podem preparar para um cenário apocalíptico de guerra nuclear? O almirante, que se entretém nas horas vagas a insinuar que a NATO até deve atacar a Rússia preventivamente, não explicou, mas teve o cuidado de atribuir um tom pomposo às suas palavras, acrescentando:
“Senhoras e senhores, a guerra está de volta ao continente europeu. E, nos últimos anos, cada vez mais pessoas na Europa se apercebem de que a guerra também lhes pode acontecer… outra vez”.
Acontece que uma guerra nuclear nunca aconteceu às “pessoas na Europa”. E que as “pessoas na Europa”, se fossem perguntadas, provavelmente não desejariam morrer por causa da integridade das fronteiras da Ucrânia.
Segundo o ensandecido almirante, a Terceira Guerra Mundial exigirá um envolvimento substancial dos civis. E que os governos criem sistemas para mobilizar e gerir eficazmente os recursos económicos e demográficos.
Mais uma vez: um conflito directo com a Rússia será inevitavelmente de carácter nuclear. E uma guerra nuclear entre as duas maiores potências militares do mundo será por certo exterminadora de tudo. Que envolvimento podem ter os civis nesse cenário dantesco? O de morrerem depressa e em quantidade substancial.
Bauer apelou a uma “mudança de mentalidade”, passando de operações previsíveis e controladas para a adaptação à imprevisibilidade. Salientou a importância de manter uma base industrial capaz de produzir rapidamente armas e munições para continuar um conflito, se necessário.
Mas que duração terá o armagedão? 24 horas? Uma semana até as principais capitais do Ocidente desaparecerem do mapa? Que base industrial pode resistir a centenas de bombas nucleares a explodirem por todo o lado?
No início deste ano, Bauer alertou para necessidade de criação de infraestruturas de abrigo se a NATO se envolver directamente em hostilidades com Moscovo. A Finlândia, por exemplo, que tem extensas fronteiras com a Rússia, desenvolveu uma rede de abrigos anti-bombas para o caso de uma emergência.
Nas últimas semanas, o governo Biden-Harris nos EUA aprovou uma série de medidas que intensificam as tensões que já estão em ponto explosivo com a Rússia, exponenciando os receios de que um passo em falso possa desencadear um conflito mais alargado e devastador.
Em Washington, entretanto, fala-se até de armar Zelensky com armas nucleares.
Que Deus nos ajude.
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