Esta semana o ainda Presidente norte-americano Joe Biden autorizou a Ucrânia a utilizar mísseis, fabricados no Estados Unidos, contra as forças da Rússia.
Devemos lembrar que a recente eleição de Donald Trump trouxe incertezas sobre o futuro do apoio ocidental à Ucrânia, uma vez que ele já havia manifestado críticas a pacotes de ajuda destinados ao país. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, rapidamente demonstrou interesse em buscar uma solução diplomática para o conflito, mas as negociações continuam complicadas devido a divergências sobre os termos de um possível acordo de paz e, agora, pioram em decorrência da autorização dada por Joe Biden.
Não obstante, na madrugada de terça-feira 19 de novembro, a Ucrânia executou seu primeiro ataque com mísseis ATACMS contra um alvo localizado na Rússia, desde que os Estados Unidos assim autorizaram. A ação, que envolveu um total de seis mísseis, resultou na interceptação de cinco deles, conforme informações do Ministério da Defesa russo.
Este evento ocorre em um momento crítico, com o Kremlin prestes a anunciar uma nova diretriz sobre sua doutrina nuclear. O alvo do ataque foi o 67º Arsenal da Grau, situado em Karatchev, a aproximadamente 150 quilômetros da fronteira com a Ucrânia, e significou um total desdém ao chamado “efeito Trump”, que teoricamente colocaria ambas as nações em compasso de espera, no aguardo de conversas mais aprofundadas com o novo Presidente norte-americano.
A autorização dos Estados Unidos para que a Ucrânia utilize esses mísseis é um indicativo do apoio contínuo de Washington (leia-se “progressistas”) à Kiev, em meio a preocupações sobre a possibilidade de ataques a áreas civis. Além disso, a iminente mudança na doutrina nuclear russa, que permitirá respostas nucleares a agressões convencionais, intensifica ainda mais a situação.
O quadro geral, no momento, é que a Rússia já espalha bunkers nucleares para o povo, no país. A Ucrânia acabou de realizar ataques profundos na Rússia com os mísseis do Reino Unido, após suas ações de ontem com os mísseis americanos. Já no dia de hoje, a embaixada americana em Kiev fechou, colocou os funcionários em bunkers e avisou os americanos, que estão no país, sobre a iminência de um ataque.
Mas, ao fim e ao cabo, o quê pretendeu Joe Biden com tal permissão? Efeitos de sua evidente senilidade? Estaria o mesmo sendo manipulado por alguém?
Não é preciso muito esforço para concluir que um homem, que sequer sabe ir ao local que deseja, está sendo evidentemente manipulado. O grupo de sempre – Hillary Clinton, Barack Obama, os Bush e outros, não menos importantes e notórios, são os que manipulam as cordinhas que animam o pobre e senil Biden.
Mais que entregar uma encrenca nas mãos de Trump, tal grupo objetiva realmente o mundo em guerra – uma conflagração mundial, devastadora, ao ponto de conseguir os objetivos da Escola de Frankfurt: “a destruição total de tudo, para que do nada restante surja algo novo e melhor”, segundo eles.
Não é segredo para mais ninguém os planos de implantação de um “Governo Global”, tentado de maneira pífia pela ONU, atualmente, e a redução drástica da população mundial preconizada por luminares como Bill Gates (pai e filho) e outros. O quadro mundial tem mudado de forma rápida e contrária a tais interesses e, portanto, quaisquer ações – por mais radicais que sejam – passaram a ser consideradas.
Entregar um mundo em guerra nas mãos de Donald Trump, este é o objetivo primário de tais personagens, seguido dos demais expostos. Entretanto, antes que acusem o autor destas linhas de “teórico da conspiração”, recorro aos ensinamentos de meu professor, o filósofo brasileiro Olavo de Carvalho, que afirmava:
“Não há como compreender e analisar os acontecimentos mundiais, hoje, sem recorrer ao que chamam de ‘teoria da conspiração’, pois só assim tais fatos farão sentido”.
Percamos, pois, o pudor e conspiremos!
É nossa única salvação contra o mundo que nos rodeia.
WALTER BIANCARDINE
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Walter Biancardine foi aluno de Olavo de Carvalho, é analista político, jornalista (Diário Cabofriense, Rede Lagos TV, Rádio Ondas Fm) e blogger; foi funcionário da OEA – Organização dos Estados Americanos.
As opiniões do autor não reflectem necessariamente a posição do ContraCultura.
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