Mais de 100.000 soldados ucranianos desertaram durante o conflito com a Rússia, segundo confessou a legisladora ucraniana Anna Skorokhod na terça-feira. A declaração foi feita depois de um outro deputado ter revelado que o aumento das perdas e a escassez de tropas levaram a um plano para recrutar mais 160.000 soldados.
Skorokhod disse no programa de televisão Novyny.LIVE que a má gestão e as más decisões dos oficiais estão a contribuir para a baixa moral no campo de batalha, afirmando:
“Não vos direi o número exacto de pessoas que desertaram, mas direi que são mais de 100.000”.
Skorokhod disse ainda que tem recebido queixas dos soldados e das suas famílias sobre o comportamento dos oficiais superiores.
“As pessoas estão a levantar questões às quais não posso dar resposta. Porque é que eu, que há apenas um mês era um trabalhador de uma oficina, tenho de me sentar nas trincheiras enquanto os oficiais superiores estão longe da linha da frente? Porque é que apenas 10% a 15% do pessoal do exército participa efectivamente nos combates?”
A estimativa aproximada do número de desertores apresentada por Skorokhod coincide com o número fornecido aos meios de comunicação social na semana passada pelo advogado Roman Lykhachev, que afirmou que “definitivamente mais de 100.000 militares” abandonaram ilegalmente as suas posições. Em alguns casos, 20 a 30 soldados desertaram ao mesmo tempo, segundo o advogado, acrescentando que só os militares sabem o número exacto.
Considerando que o total de efectivos militares das forças armadas ucranianas rondará os 900.000 de efectivos, mais de 10% desses soldados já desertou. O país somou entretanto cerca de 780.000 baixas.
A discussão sobre o moral das tropas surgiu depois de vários casos de soldados que desertaram, combinados com vários relatos de oficiais ucranianos que se queixavam de que as tropas estavam a perder a prontidão de combate e a vontade de lutar devido à falta de rotação e de descanso. Vídeos de oficiais de recrutamento a emboscarem homens em idade militar em locais públicos e a usarem a força para os deterem também provocaram indignação nas redes sociais.
Em Agosto, o parlamento ucraniano introduziu uma lei que, no essencial, descriminaliza as primeiras tentativas de fuga ao serviço militar, desde que os soldados concordem em regressar.
Na Primavera passada, numa tentativa de compensar as perdas crescentes no campo de batalha, Kiev baixou a idade de alistamento de 27 para 25 anos e aumentou as penas para os desertores. No início deste mês, um deputado avisou que os ucranianos poderiam ser acusados criminalmente por prejudicarem a mobilização, ajudando os desertores mesmo que apenas através das redes sociais.
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