O apresentador do programa “Special Report” da Fox News, Bret Baier, afirmou na quarta-feira que a equipa da campanha de Kamala Harris reduziu o tempo que ele tinha disponível para a entrevista – e depois fez com que a vice-presidente chegasse atrasada.

 

 

Bret Baier, um veterano jornalista político, comparou as tácticas da campanha de Harris às de uma equipa de futebol que tem interesse em queimar tempo. O apresentador revelou toda a extensão da artimanha:

“Era suposto começarmos às 17 horas – foi esta a hora que nos deram, inicialmente. Íamos fazer uma entrevista de 25 ou 30 minutos. Eles chegaram e disseram: ‘Bem, talvez 20 minutos’. Portanto, o tempo já estava a ser reduzido. Mas depois a vice-presidente apareceu por volta das 17h15 [da tarde].”

O jornalista da Fox News observou que o atraso de Harris fez com que fosse um desafio para a sua equipa de produção conseguir gravar e editar a entrevista a tempo do início do seu programa das 18 horas.

“Estávamos a esticar os limites.”

Referindo-se aos esforços da candidata democrata para obstruir a entrevista e não permitir que ele conduzisse o seu curso, Baier afirmou:

“Eu percebi, quando começámos a falar, que ela ia ser dura, que ia redirecionar-se sem que eu a pudesse interromper.”

Na sua análise após a entrevista, Baier revelou ainda que esperava fazer mais perguntas, mas vários funcionários da campanha de Harris começaram a fazer-lhe sinais frenéticos, no estúdio, para que terminasse a entrevista porque o tempo tinha acabado.

“Estou a falar de quatro pessoas a acenar com as mãos para que a entrevista terminasse. Tive de cortar o final”.

Baier observou que acredita que Harris entrou na entrevista com o objectivo de introduzir os seus pontos de vista, esforçando-se por não responder às perguntas do jornalista.

“Normalmente, é possível cortar o fôlego do entrevistado. Mas às vezes, há um esforço para obstruir, para criar um momento. E acho que esse era o objectivo deles.”

Kamala Harris esquivou-se de facto a responder a várias perguntas do apresentador da Fox News durante a entrevista, incluindo aquelas relacionadas com a imigração, a segurança nas fronteiras, o declínio mental de Joe Biden e as variáveis que a distinguem do actual Presidente.

De uma maneira geral, a candidata democrata foi fiel a si própria, insistindo em ataques constantes a Donald Trump e saladas de palavras desprovidas de substância.

E por isso, a redução do tempo da entrevista acabou por não ser má ideia para ninguém. Poupou Kamala ao sofrimento neuronal e poupou-nos a nós ao constrangimento de a ouvir para além dos já insuportáveis quinze minutos.