Seguindo a novela distópica de Philip K. Dick, escrita em 1956 (e popularizada por Steven Speilberg e Tom Cruise em 2002), não como uma advertência mas como um manual de normas, o governo de Xavier Milei decidiu utilizar tecnologias de inteligência artificial para “prever futuros crimes”, levantando naturais preocupações com os direitos dos cidadãos.
De facto, o presidente Javier Milei, criou no fim de Julho passado uma Unidade de Inteligência Artificial Aplicada à Segurança, que, segundo a legislação, utilizará “algoritmos de aprendizagem automática para analisar dados históricos de crimes e prever crimes futuros”. A unidade deverá também utilizar software de reconhecimento facial para identificar “pessoas procuradas”, patrulhar as redes sociais e analisar imagens de câmaras de segurança em tempo real para detectar actividades suspeitas.
Apesar de o Ministério da Segurança ter afirmado que a nova unidade ajudará a “detetar potenciais ameaças, identificar movimentos de grupos criminosos ou antecipar distúrbios”, a resolução fez soar o alarme entre as organizações de defesa dos direitos humanos.
Os activistas receiam que determinados grupos da sociedade possam ser excessivamente controlados por esta tecnologia e manifestaram preocupação quanto a quem – e que forças de segurança – poderão aceder à informação.
A Amnistia Internacional alertou para o facto de esta medida poder violar os direitos humanos. Mariela Belski, diretora executiva da Amnistia Internacional Argentina, afirmou:
“A vigilância em larga escala afecta a liberdade de expressão porque encoraja as pessoas a auto-censurarem-se ou a absterem-se de partilhar as suas ideias ou críticas se suspeitarem que tudo o que comentam, publicam ou divulgam está a ser monitorizado pelas forças de segurança.”
Por sua vez, o Centro Argentino de Estudos sobre Liberdade de Expressão e Acesso à Informação disse que essas tecnologias têm sido historicamente usadas para “traçar o perfil de académicos, jornalistas, políticos e activistas”, o que, sem supervisão, ameaça a privacidade.
Milei, que se diz libertário, subiu ao poder no final do ano passado e prometeu uma resposta dura para combater a criminalidade. Segundo o Centro de Estudos Jurídicos e Sociais, a sua ministra da Segurança, Patricia Bullrich, pretende replicar o modelo prisional de El Salvador, enquanto a administração está a avançar para a militarização da política de segurança.
A última medida provocou uma reação especialmente forte num país com uma história negra de repressão estatal; estima-se que 30.000 pessoas tenham desaparecido durante a brutal ditadura a que o país foi sujeito entre 1976 e 1983, algumas atiradas vivas de aviões nos chamados “voos da morte”. Milhares de pessoas foram também torturadas e centenas de crianças foram raptadas.
Uma fonte do Ministério da Segurança afirmou que a nova unidade irá trabalhar ao abrigo do actual quadro legislativo, incluindo o mandato da Lei de Protecção de Informações Pessoais. A mesma fonte acrescentou que a nova unidade irá concentrar-se na aplicação de inteligência artificial, análise de dados e aprendizagem automática para identificar padrões e tendências criminais nas bases de dados do Ministério da Segurança.
Xavier Milei não está sozinho.
Não é só Milei que está a adoptar métodos distópicos para combater a criminalidade ou a alegada criminalidade, embora noutros casos os activistas dos direitos humanos não se tenham mostrado tão sensíveis.
O governo canadiano de Trudeau está a forçar legislação sobre ‘discurso de ódio’ que pode ser aplicada a tudo o que for dito ou publicado no passado, no presente ou no futuro.
Noutra variação do Relatório Minoritário adaptada às necessidade operacionais do Pentágono, os Estados Unidos podem agora analisar os dados das redes sociais para captar “narrativas emergentes” e eliminar tendências hostis, mesmo antes de se tornarem virais.
Na Europa, Von der Leyen propôs “vacinas” para curar as mentes e um “escudo” contra a desinformação. A ideia legislativa da presidente da Comissão Europeia inclui uma acção preventiva sem precedentes contra o pensamento errado. E um “escudo” que proteja as elites do livre arbítrio das massas. O que é que pode correr mal?
Em Nova Iorque, o actual Mayor não tem pudor em afirmar isto:
“O Big Brother está a proteger-te.”
Eric Adams respondeu às críticas sobre o aumento da utilização da tecnologia de reconhecimento facial na ‘Grande Maçã’ com a inversão da moral da história criada por George Orwell.
Não querendo salvar Milei de justas críticas sobre esta péssima ideia, a verdade é que quando são os globalistas a utilizar tecnologias de última geração para controlo e repressão das massas, as críticas da imprensa e do activismo dito ‘humanista’ são nenhumas. Mas quando é um líder dito conservador ou populista ou de ‘extrema-direita’ a fazê-lo, cai sobre ele, imediatamente, um coro de censura.
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