A CNN registou os valores mais baixos de audiência em horário nobre desde 1991, numa altura em que as redes noticiosas convencionais continuam a lutar para manter os telespectadores interessados na propaganda que copiosamente emitem. De acordo com dados publicados pela empresa de estudos de mercado Nielsen, a programação da CNN das 20h às 23h, de 13 a 19 de Maio, atraiu apenas 83.000 espectadores entre o cobiçado grupo demográfico dos 25 aos 54 anos.
Entretanto, a Fox News assegurou mais de 186.000 telespectadores entre a faixa etária chave durante o mesmo horário nobre, enquanto a MSNBC atraiu 111.000 telespectadores. No geral, a audiência semanal da CNN totalizou apenas 494 mil espectadores, substancialmente menor do que os 2 milhões de espectadores da Fox News e os 1,1 milhão da MSNBC.
Mark Thompson, que assumiu o cargo de director executivo da CNN no final do ano passado, tem-se esforçado por melhorar os índices de audiência desta máquina de debitar falsidades. O antigo executivo do New York Times e da British News substituiu Chris Licht, que foi demitido do cargo de director executivo da estação de Atlanta em Junho passado. Perante o aumento dos custos e a diminuição das receitas, Thompson anunciou uma série de cortes salariais em Fevereiro.
O horário nobre da CNN, constituído por “AC360” com Anderson Cooper às 20h00, “The Source with Kaitlan Collins” às 21h00 e “CNN NewsNight” apresentado por Abby Phillip às 22h00, carece de uma programação e de uma direcção significativas sob a liderança de Thompson. Além disso, a crescente tendência anti-Trump da rede alienou uma grande parte dos telespectadores americanos que apoiam o ex-presidente republicano. Entre os talentos do horário nobre da CNN, Collins tem demonstrado uma notável falta de conhecimentos políticos básicos.
Em resposta às fracas audiências, um porta-voz da CNN afirmou que a estação registou um crescimento entre o grupo etário dos 25-54 anos em relação ao ano anterior, especialmente quando se inclui o programa das 19 horas de Erin Burnett e a retransmissão da meia-noite de Anderson Cooper.
O que é de fraca consolação, na verdade. Até porque se desligássemos a CNN nos aeroportos, nos restaurantes, nos barbeiros e nos bordeis de todo o mundo, os números seriam por certo bem mais deprimentes.
E é bem feito.
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