Um grupo de clérigos muçulmanos deslocou-se recentemente ao Afeganistão numa missão de “apuramento de factos”, tendo posteriormente elogiado os “belos” líderes talibãs por revitalizarem a “liberdade” do país.
Sim, é verdade.
A viagem, organizada pela Prosper Afghanistan, uma organização sem fins lucrativos sediada no Reino Unido, e pelo grupo Human Aid & Advocacy, procurou dissipar “alegados mitos e distorções” sobre o país devastado pela guerra e agora dirigido por uma oligarquia bárbara de talibãs ultra-fanáticos, na sequência da retirada militar dos EUA em 2021.
Falando num evento recente na Queen Mary University of London (QMUL), o grupo creditou ao governo talibã a instauração da paz e a redução da corrupção persistente durante duas décadas de liderança apoiada pelo Ocidente.
Um dos membros do grupo, Mufti Ismail Satia, disse:
“Fomos para o Afeganistão com uma mente muito aberta… A viagem recordou-me as histórias dos Sahaba [os companheiros de Maomé] que lemos. Fez-me lembrar aqueles que se sacrificaram pelo Islão e aqueles que estão dispostos a fazer qualquer coisa pelo Islão.”
Hamid Mahmood, fundador de uma escola islâmica para raparigas em Londres, disse à audiência que sentiu a liberdade na teocracia dos Talibãs.
“Foi uma experiência muito triste e dolorosa deixar aquele país, porque vou ser muito sincero, há claramente ali qualquer coisa, um sentimento de liberdade. Depois de falar com muitos ministros, apercebemo-nos do que significava a liberdade. Estavam a tentar libertar-se não só da opressão física, da subjugação física e do colonialismo, mas também da escravatura financeira, económica e intelectual”.
Shaykh Haitham Al-Haddad, outro membro do grupo, defendeu a restrição da educação das raparigas pelos Talibãs.
“As influências seculares ocidentais estavam a ser introduzidas nas mentes das estudantes que se manifestavam contra a Sharia e muitos vícios estavam a surgir… Quando chega a altura de reconstruir o país, não podemos tolerar divisões e, por isso, houve uma suspensão temporária da educação liberal e secular”.
Como o Contracultura já documentou, a “liberdade” experimentada pelos afegãos é de tal ordem que o apedrejamento e a flagelação como castigo pelo adultério estão agora a ser reintroduzidos no país, para além de outras regras da Sharia que, como toda a gente sabe, são libertárias que se fartam.
Se é certo, porém, que os afegãos são donos do seu país e devem por isso viver com as suas escolhas – ou com as escolhas dos líderes que têm, já que as permitem – a pergunta com que este breve texto deve forçosamente fechar é esta: como é que o Reino Unido concede residência permanente a pessoas que ficam encantadas com o modelo social afegão?
Não admira que os britânicos em particular e os europeus em geral acusem dificuldades imensas em integrar a suas populações muçulmanas, em grande parte constituídas por islamitas que alimentam uma visão do mundo diametralmente diferente daquela que, mesmo que agora moribunda, vigorou durante séculos no Ocidente.
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