O que era uma teoria da conspiração de extremistas de direita, nacionalistas cristãos, supremacistas brancos e negacionistas da ciência há coisa de cinco minutos atrás, já é um facto do domínio público agora: O Ministro dos Transportes da Alemanha sugeriu a proibição da utilização do automóvel aos fins de semana para cumprir as quotas de emissões de carbono da agenda netzero.
A proibição de dois dias por semana do uso pessoal do automóvel, bem como novos limites de velocidade, estão a ser considerados como parte de um esforço para reduzir a pegada de carbono da Alemanha, no mais recente exemplo de governos que tentam controlar as pessoas em nome da ‘salvação do planeta’.
O ministro dos Transportes, Volker Wissing, membro do partido FDP, supostamente liberal, fez estas observações a propósito de uma nova e onerosa legislação ambiental, a Lei da Protecção do Clima, avisando que as restrições à utilização do automóvel pessoal poderiam ser aplicadas se não fossem introduzidas medidas alternativas.
Wissing admitiu que estão a ser consideradas “proibições abrangentes e indefinidas de condução aos sábados e domingos”, numa altura em que o governo de coligação alemão se esforça por estabelecer cortes nas emissões por sector, no âmbito da nova legislação climática proposta.
A Alemanha já está a enfrentar a perspectiva de destruir a sua própria indústria automóvel, com planos para proibir novos motores de combustão interna a partir de 2035. Entretanto, a austeridade verde já provocou a reação dos agricultores.
De acordo com a Lei de Proteção do Clima, a economia alemã terá de reduzir 22 milhões de toneladas métricas de emissões de carbono por ano. Wissing disse à estação de rádio Deutschlandfunk que “quantidades tão grandes só podem ser poupadas ad hoc, deixando de usar carros e camiões”.
Apesar de o país ter estabelecido recentemente recordes de redução de CO2 e de contribuir apenas com 2% das emissões globais de CO2, a coligação verde-globalista da Alemanha está a tentar ser mais papista que o papa. Os críticos acusam – e bem – o governo federal de pôr em risco o futuro industrial do país com planos de transição demasiado rápida da economia para os combustíveis fósseis, ainda por cima num contexto macro-económico recessivo desde o último semestre de 2023.
Depois da rebelião dos agricultores alemães contra aumentos de impostos, cortes de subsídios, opressão burocrática e excessivos escrúpulos ambientais, que paralisou o país e obrigou o governo a sentar-se à mesa das negociações, seria de expectar que o executivo de Scholz moderasse a sua pulsão apocalíptica, mas tal não se tem verificado e o alarmismo climático tem ganho contornos ainda mais agressivos nas últimas semanas.
De acordo com a imprensa alemã, um painel de conselheiros para a agricultura, a Zukunftskommission Landwirtschaft (ZKL), está a propor o aumento do IVA sobre os produtos de carne de 7% para 19%, uma subida de 12% que iria sobrecarregar significativamente os consumidores e, consequentemente, prejudicar os produtores.
Como o Contra reportou em Março, o Conselho de Ética que assessoria o governo propôs cercear a liberdade de consumo e a autonomia de movimentos dos cidadãos, de forma a fazer frente ao apocalipse climático e afirmar uma estranha justiça social. Porque para ‘salvar o planeta’, o fascismo justifica-se.
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