Mais um daqueles momentos que confirmam a teoria da conspiração como método científico.
O governo alemão pode ser forçado a limitar as opções disponíveis para os cidadãos, a fim de combater as “consequências devastadoras” das alterações climáticas. É esta a mensagem de um parecer intitulado “Justiça climática”, publicado a 13 de Março pelo Conselho de Ética germânico.
No parecer, o Conselho de Ética – um grupo de “consultores peritos” criado pela lei alemã – recomenda acções a serem tomadas por empresas, indivíduos e pelo governo para garantir que os efeitos das alterações climáticas não sobrecarreguem injustamente “aqueles que não são tão abastados”.
Segundo o Conselho de Ética, estas medidas devem ser tomadas principalmente numa base voluntária – através do “auto-compromisso individual como expressão da liberdade individual” – por exemplo, “abandonando voluntariamente certas práticas de férias, consumo ou mobilidade”.
No entanto, a declaração do Conselho parte rapidamente para o registo totalitário:
“Por razões de justiça, pode ser moralmente exigido que se contribua para medidas de combate às alterações climáticas. Se o exercício da liberdade de cada um interferir de forma injusta com a liberdade e o bem-estar de outros ou das gerações futuras, por exemplo, através de um consumo prejudicial ao clima, as autoridades podem intervir com restrições à liberdade.”
Por outras palavras: Se não nos comportarmos de uma forma considerada moralmente correcta pela elite, o governo pode simplesmente obrigar-nos a esse comportamento. E é este um “conselho de ética”.
Não é por acaso que “Flugscham”, do original sueco flygskam, que significa “vergonha de voar” – culpa de viajar de avião sentida por viajantes com consciência ambiental – é agora uma palavra consagrada no vocabulário alemão.
Embora o parecer afirme que o Conselho de Ética se opõe à suspensão das “liberdades e processos democráticos” para atingir os objectivos climáticos desejados, o grupo diz que cabe em grande parte ao governo fornecer as “condições de enquadramento” sob as quais os indivíduos podem – como dizemos às crianças – fazer boas escolhas.
Estas condições, diz o parecer, devem incluir, entre outras coisas, limites de velocidade mais baixos (ainda mais baixos?), aumento da “electromobilidade” e aumento dos impostos sobre o CO2 (ainda mais impostos?). O Conselho sugere um limite de emissões pessoais que não pode ser excedido e até “a proibição de produtos ou serviços particularmente prejudiciais ao clima” – ou, seja: toda uma regulamentação sobre quem pode comprar o quê e em que medida.
Para salvar o planeta, o fascismo justifica-se. Convenhamos, este raciocínio não podia ser mais alemão.
Definindo as alterações climáticas como um fenómeno provocado pelo homem (“devido, entre outros factores, à queima de combustíveis fósseis e à destruição de florestas e pântanos desde o início da Revolução Industrial”), a organização diz ainda que a Alemanha tem de ter em conta “a longa história do colonialismo e da industrialização”, bem como as “dependências neocoloniais em curso”. Esta salada de palavras é dissecada mais à frente:
“É necessário fazer uma distinção entre o crescimento nos países do Sul global, que estão a recuperar o atraso no desenvolvimento, e o aumento do consumo e da utilização de recursos nos países industrializados, e negociar pagamentos compensatórios adequados.”
Numa altura em que a ex-potência industrial europeia enfrenta uma recessão e absoluto declínio económico, é questionável se os “pagamentos compensatórios” ao Sul Global estão no radar da coligação liderada pelo insuportável Scholz, independentemente das recomendações do seu Conselho de Ética.
Mas nesta Europa impossível, tudo é possível.
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