O Irão conduziu no sábado um ataque comedido com cerca de 200 drones, que durou cerca de duas a três horas e que parece ter sido calculado para evitar uma nova escalada de tensões na região. O sistema anti-míssil Iron Dome e outros mecanismos de defesa remota de Israel, bem como de forças norte-americanas e jordanas parecem ter evitado que o ataque tivesse consequências graves no território israelita.
⚡American forces shot down several Iranian drones flying towards Israel, ABC reports.
— War Monitor (@WarMonitors) April 13, 2024
⚡#BREAKING Jordanian jets shoot dozens of Iranian drones flying across northern and central Jordan heading to Israel – two regional security sources — Reuters
— War Monitor (@WarMonitors) April 13, 2024
O ataque é consequência directa do bombardeamento por forças israelitas do consulado iraniano de Damasco, a 2 de Abril, que resultou na morte do general Mohammad Reza Zahedi, do Corpo de Guardas da Revolução Islâmica (IRGC) do Irão.
⚡️Israeli air defence trying to confront Iranian missiles a short while ago pic.twitter.com/ZRqAvERhC1
— War Monitor (@WarMonitors) April 13, 2024
⚡️BREAKING
Another accurate missile hit somewhere in Israel!! pic.twitter.com/67Kwn98Upt
— Iran Observer (@IranObserver0) April 13, 2024
Dois funcionários israelitas disseram à Axios que o plano de defesa foi o de interceptar muitos dos drones fora do espaço aéreo israelita com a ajuda dos EUA e de outros países.
Esta foi a primeira vez que o Irão lançou um ataque contra Israel a partir do seu território.
Ainda assim, os iranianos mostraram que são capazes de atacar directamente o interior de Israel a partir do seu território e de desafiar a defesa aérea israelita, embora tenham avisado com bastante antecedência que o ataque iria acontecer e parecem ter infligido apenas danos relativamente ligeiros.
⚡️The moment Iranian missiles fell on the Negev. pic.twitter.com/DzOpqpEqrH
— War Monitor (@WarMonitors) April 13, 2024
Confirmando que o regime de Teerão está a tentar evitar um conflito com os EUA, e que não tem também grande vontade de entrar numa guerra aberta com Israel, a Missão Permanente do Irão na ONU escreveu no Twitter:
“Conduzida de acordo com o Artigo 51 da Carta das Nações Unidas relativa à legítima defesa, a acção militar do Irão foi uma resposta à agressão do regime sionista contra as nossas instalações diplomáticas em Damasco. O assunto pode ser considerado encerrado. No entanto, se o regime israelita cometer outro erro, a resposta do Irão será consideravelmente mais severa. Trata-se de um conflito desonesto entre o Irão e o regime israelita, do qual os EUA DEVEM FICAR AFASTADOS!”
Conducted on the strength of Article 51 of the UN Charter pertaining to legitimate defense, Iran’s military action was in response to the Zionist regime’s aggression against our diplomatic premises in Damascus. The matter can be deemed concluded. However, should the Israeli…
— Permanent Mission of I.R.Iran to UN, NY (@Iran_UN) April 13, 2024
Ainda assim, as autoridades americanas receiam que uma retaliação israelita contra o Irão conduza a uma situação insustentável no Médio Oriente, sendo que o regime Biden prometeu ajudar Israel a contrariar ataques iranianos.
O ataque de Israel à embaixada do Irão foi muito provavelmente uma conspiração para arrastar a América para uma guerra que está a ter dificuldades em levar de vencida. Além disso o regime sionista tem vindo a pressionar nas últimas décadas os americanos para um conflito directo com o regime dos aiatolas.
No final de Dezembro, o ex-primeiro-ministro israelita Naftali Bennett escreveu uma coluna no Wall Street Journal exigindo que os Estados Unidos travassem a guerra de Israel com o Irão e “derrubassem” o seu “regime”.
Este chegou agora de Marte e falhou aquela parte em que o regime sionista, de forma a empurrar o Ocidente para um conflito que não está a conseguir resolver a sós, bombardeou o consulado iraniano em Damasco,
Desta cabeça, nunca sai nada de jeito. É impressionante.— ContraCultura (@Conta_do_Contra) April 14, 2024
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