As atrocidades de dimensão genocida que as forças sionistas estão a cometer em Gaza são já de evidência incontornável. Aqueles, como Jordan B. Peterson, que no início das hostilidades recomendaram ao regime Netanyhau a aplicação de máxima violência sob a população palestiniana ao regime Netanyhau, estão agora a ter mais do que pediram. Para sua imensa vergonha e ignomínia.
Na terça-feira passada, os palestinianos descobriram 409 corpos em valas comuns, resultantes do massacre perpetrado por Israel no Hospital Al-Shifa. Muitos dos corpos foram esmagados por tanques e “enterrados como lixo”.
Aviso: Este vídeo pode chocar a sensibilidade do leitor.
409 bodies recovered from the Israeli mаssaсre at the Shifa Hospital
Mostly bulldozed and buried like trash
The media hides this, but was happy to make a circus in Bucha pic.twitter.com/OpNytoNW0A
— What the media hides. (@narrative_hole) April 9, 2024
Há mais conteúdos gráficos no Twitter, mas não podem ser incorporados neste artigo, de acordo com as novas regras que Elon Musk instituiu no X.
Os dois vídeos em baixo mostram um pouco da escala da destruição que os israelitas levaram a cabo com bombas e ajuda militar fornecidas pelos EUA:
Surroundings of Al Shifa Hospital before and after pic.twitter.com/1nX6cEZQCt
— حسام شبات (@HossamShabat) April 8, 2024
Aljazeera uncovers the comprehensive destruction Israeli forces caused to Al Shifa hospital & surrounding neighborhoods. Razed graves, bombed buildings, burned wards & medical equipment & pulverized buildings nearby. An untold # of people are buried under the rubble. Apocalyptic pic.twitter.com/N7ubQj3L6M
— Nour Odeh 🇵🇸🍉 #NojusticeNopeace (@nour_odeh) April 8, 2024
Os corpos têm sido recuperados nas imediações do complexo hospitalar, desde que as forças israelitas se retiraram a 1 de Abril, de acordo com o porta-voz da Defesa Civil de Gaza, Mahmoud Basal, que acrescentou que o número total de vítimas não incluía as pessoas enterradas sob os escombros do hospital.
Muitos dos restos decompostos que descobriram tinham sido enterrados à superfície do solo, segundo disseram as autoridades na segunda-feira. Os tanques israelitas esmagaram outras vítimas até à morte, deixando alguns doscadáveres completamente desfigurados e incapazes de serem identificados.
Após o cerco de duas semanas, as instalações do complexo hospitalar estão “completamente fora de serviço”, segundo Salah, funcionário do Ministério da Saúde palestiniano. Ele advertiu que os bombardeios de Israel esmagaram o sistema médico em Gaza, diminuindo os recursos para operações de resgate e recuperação.
“Não temos patologistas, nem especialistas para documentar os crimes da ocupação”.
Numa declaração à imprensa, os peritos da ONU acusaram Israel de “negar o acesso aos cuidados de saúde aos mais necessitados”, numa declaração de 3 de Abril. Nessa declaração também é dito que:
“Estamos a testemunhar o primeiro genocídio mostrado em tempo real ao mundo pelas suas vítimas e insondavelmente justificado por Israel como estando em conformidade com as leis da guerra. A extensão da atrocidade ainda não pode ser totalmente documentada devido à sua escala e gravidade – e representa claramente o mais horrível ataque aos hospitais de Gaza. Entre os mortos, temos mulheres e crianças amarradas e algemadas. Serão levadas para que os seus familiares as identifiquem. Depois serão enterrados nos cemitérios da Faixa de Gaza”.
Os relatos vindos do hospital e das suas imediações, após o ataque do exército israelita, falam de tortura contra os palestinianos detidos, estando as equipas médicas de al-Shifa a documentar esses casos.
Hussein Mahassen, director do serviço de ambulâncias de Gaza, afirmou:
“Há sinais de tortura em alguns dos braços e corpos que retirámos”.
As equipas médicas e forenses afirmaram que a sua missão é particularmente difícil devido ao estado dos restos mortais.
Khalil Hamada, o director-geral de medicina e laboratório forense, disse que estão a tentar recolher os restos mortais dos corpos dos mortos.
“Os corpos foram despedaçados e decompuseram-se, sendo agora muito difícil reconhecê-los. As famílias estão a tentar identificar os restos mortais dos seus familiares mortos”.
Hamada acrescentou que não existem analisadores genéticos em Gaza, o que impossibilita a realização de verificações de ADN. O ataque israelita a al-Shifa, que envolveu o incêndio e a destruição dos edifícios do hospital, também significou que as equipas médicas e forenses já não podem utilizar quaisquer máquinas de raios X.
Os hospitais gozam de protecção especial ao abrigo do direito internacional, mas Israel alegou que al-Shifa era um centro de comando e controlo do Hamas. Os grupos de defesa dos direitos humanos e os advogados internacionais afirmam que Israel não apresentou provas suficientes para sustentar a sua alegação. E mesmo que as forças israelitas estejam correctas nesta afirmação, o que é que justifica as barbaridades documentadas neste artigo sobre mulheres e crianças?
Khalil Hamada concluiu, assertivamente:
“Esta ocupação criminosa não se preocupa com as leis internacionais ou com a humanidade, apenas se preocupa em matar o povo palestiniano”.
Compete-nos não deixar que estas atrocidades sejam olvidadas. E que sejam colocadas em debate, no momento em que Israel está a fazer tudo para arrastar o Ocidente para um conflito que, apesar da sua acção genocida, não está a conseguir levar de vencida.
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