O Serviço Nacional de Saúde (NHS) do Reino Unido enviou um abstruso inquérito aos seus quadros sobre a sua identidade de género, com perguntas como “qual é o seu sexo actual?”.

O inquérito foi fornecido pelo grupo de campanha LGBTQIA network, um grupo de pressão sobre a “diversidade” que afirma “apoiar e dar poder a lésbicas, gays, bissexuais, transgénero, queer, intersexuais e assexuais”.

 

 

O Telegraph refere que as perguntas feitas aos profissionais de saúde incluíam identificações de género estrambólicas e difícies de traduzir para a língua portuguesa como ‘cinzentos-românticos’ (“greyromantic”), ‘abro-sexuais’ ou ‘endo-sexuais’.

Estes termos inventados são tão insignificantes e fugazes actualmente que é difícil perceber o que significam, quanto mais levar a que alguém se identifique com eles.

É por isso que o inquérito explica o seu significado, referindo, por exemplo, que ‘cinzentos-românticos’ são aqueles que “raramente ou apenas sob certas condições sentem atracção romântica/sexual”, enquanto “abro” significa que a atracção sexual “muda com o tempo”.

Outras opções fornecidas foram “a-romântico”, “alo-romântico”, e “demi-romântico”.

O inquérito foi descoberto e tornado público por Kathleen Stock, que até é, ironicamente, co-directora do Projecto Lésbico e que descreveu o inquérito como “uma loucura”.

 

 

O questionário também perguntava pelos pronomes utilizados pelos profissionais de saúde, incluindo opções completamente inventadas como “fae/faer/faers” e “xe/xer/xears”.

Será que “confuso” é uma opção de identidade? Porque 99,9%dos inquiridos ficaram completamente com as voltas trocadas.

As respostas de escolha múltipla à pergunta “qual é o seu sexo actual?” incluíam “entre masculino e feminino”, “tanto masculino como feminino” ou “inclinado” para masculino ou feminino.

Kate Barker, directora executiva da LGBT Alliance, disse ao Telegraph:

“O inquérito é “infantil, sem sentido e insultuoso para os gays e as lésbicas. O sexo e a sexualidade são características protegidas – estas identidades inventadas de sexualidades inexistentes não o são. Agrupar as pessoas LGBT – que podem muito bem ser objecto de discriminação genuína – com identidades autodeclaradas “cinzentas” é ridicularizar a nossa sexualidade. Este tipo de disparate é um exemplo perfeito da razão pela qual as pessoas LGBT querem organizar-se com base na sexualidade e não na identidade”.

O NHS afirma que nunca aprovou o inquérito. Claro. Mas a verdade é que este tipo de abominações é prática corrente no serviço público de saúde britânico.

Como o Contra já noticiou, o NHS atribui identidade de género a bebés, substituiu a palavra “mãe” por “parturiente”, removeu a palavra “mulher” dos conselhos sobre a menopausa e rejeita relacionar a gravidez com a condição feminina. Recentemente, afirmou que o leite induzido por drogas em homens é tão bom para os bebés como o leite materno.