O Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS) foi alvo críticas acesas, depois de ter implementado um novo sistema informático de 450 milhões de libras que apenas permite às parteiras registar a “identidade de género” dos recém-nascidos, em vez do seu sexo biológico.

 

 

O Daily Mail refere que algumas parteiras vieram a público queixar-se de que o novo sistema informático EPIC está a forçar o registo da identidade de género dos recém-nascidos.

Uma parteira disse ao jornal:

“O resumo de alta hospitalar é um documento importante para que o bebé receba os melhores cuidados de toda a equipa do NHS. Estamos a falar de recém-nascidos e de bebés muito novos. O que é que a identidade de género como conceito tem a ver com eles? É ridículo”.

A parteira afirmou ainda que existe agora um “clima de medo” no seio da organização e que as parteiras estão também a receber ordens para utilizar termos como “parturiente” em vez de “mãe” e “alimentação de peito” em vez de “amamentação”.

 

 

Os defensores dos direitos das mulheres acusaram a influência de activistas pró-transgénero no serviço público de saúde, gerido por um governo “conservador” ainda para mais, mas os chefes do NHS afirmaram que se tratava de um “erro de sistema” na tecnologia fabricada nos EUA e que a “linguagem infeliz” estava a ser corrigida.

Maya Forstater, do grupo de campanha Sex Matters, comentou:

Registar o sexo com precisão no nascimento é a base da nossa identidade oficial. São informações necessárias ao longo da vida. Esta evolução é muito preocupante.

E num outro tweet:

“Os registos dos bebés de acordo com a sua identidade de género nos hospitais londrinos são absurdos e arrepiantes, e um indicador claro da extensão em que o interseccionismo tomou conta do NHS”.

 

 

Jenny Gamble, professora de obstetrícia na Universidade de Coventry, acrescentou:

“Um bebé não pode ter uma identidade de género, porque é um bebé. A identidade de género é importante mais tarde na vida, mas nunca apaga a importância do sexo biológico”.

Tal como revelam estas imagens capturadas no início do ano, o sítio Web do Serviço Nacional de Saúde britânico também inclui perguntas sobre a identidade de género de recém-nascidos e de crianças quando os pais os registam nos centros de saúde locais:

 

 

Esta é uma tendência do NHS que se plasma noutras vertentes dos cuidados médicos. O serviço nacional de saúde britânico removeu a palavra “mulher” dos conselhos sobre menopausa e prevenção do cancro do ovário, e apenas 29 dos 142 hospitais do NHS referem a gravidez como uma condição feminina.

E isto é sob um governo dito conservador. Imaginem o que vai ser depois dos trabalhistas ganharem as próximas eleições, hipótese que, dada a popularidade abaixo de zero de Rishi Sunak, é bem real.