Durante um dos seus compromissos na conferência da religião do apocalipse climático COP28, que decorreu no Dubai, Al Gore disse que o facto de as pessoas terem acesso a informação fora dos meios de comunicação social tradicionais constitui uma ameaça à “democracia” e que os algoritmos das redes sociais “deviam ser proibidos”.

Sim, é verdade:

 


Gore lamentou que as redes sociais tenham

“perturbado os equilíbrios que costumavam existir e que faziam com que a democracia representativa funcionasse muito melhor”.

Portanto, a democracia funciona melhor se as massas forem condicionadas às narrativas dos poderes instituídos, sem acesso a contraditório.

Espantoso.

O ex-vice-presidente, ex-artista do Powerpoint e eterno profeta de catástrofes imaginárias, afirmou que o funcionamento da democracia assenta em “conhecimentos partilhados que servem de base ao raciocínio colectivo”, mas que “as redes sociais, dominadas por algoritmos”, perturbam esse equilíbrio.

Numa referência mais que gasta ao imaginário de Alice no País das Maravilhas, Gore sugeriu que as pessoas estão a ser arrastadas para “tocas de coelho” por algoritmos que são

“o equivalente digital das AR-15 e deviam ser proibidos, deviam mesmo ser proibidos!”

Gore afirmou que as redes sociais são “um abuso do fórum público” e que as pessoas estão a ser atraídas para câmaras de ressonância que as ensandecem.

“Se passarmos demasiado tempo na câmara de ressonância, o que é transformado em arma é outra forma de IA, não inteligência artificial, mas insanidade artificial! Estou a falar a sério!”.

Aparentemente, a única câmara de ressonância que deve ser permitida, a única toca de coelho que deve ser aberta, é a de Al Gore e da sua narrativa de que o planeta Terra está constantemente à beira da destruição porque as pessoas se recusam a obedecer aos seus mandatos totalitários e pseudocientíficos.

Talvez Gore esteja descontente com o facto das suas aldrabices serem verificadas por indivíduos que têm acesso a informação que não é produzida pela imprensa corporativa, que o venera.

Em 2006, Gore fez uma previsão, hoje infame, mas que na altura lhe deu direito a um Prémio Nobel da Paz, que a calote polar do Ártico estaria “livre de gelo” dentro de 5 a 7 anos. É hoje evidente que tal profecia não se concretizou de todo.

Como documenta Thomas Cartenacci num artigo na Fox News, Gore tem um historial de fazer previsões sobre alterações climáticas que se revelam espetacularmente erradas.

Não admira que ele queira proibir a dissidência.