A Alemanha prepara-se para acolher centenas de palestinianos que fogem da Faixa de Gaza, muitos dos quais se dirigem já para a embaixada alemã no Cairo, Egipto.

A ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Annalena Baerbock, de extrema-esquerda, anunciou:

“Conseguimos que cerca de 320 cidadãos alemães, incluindo os seus familiares, pudessem deixar Gaza em segurança”.

No entanto, o Ministério dos Negócios Estrangeiros do país recusou-se a fornecer qualquer informação sobre a identidade e a naturalidade factual destes 320 “cidadãos alemães”, já para não falar dos seus “familiares”. A decisão suscitou a preocupação dos serviços de segurança alemães, que sugerem a possibilidade de centenas de terroristas do Hamas chegarem ao país sob o pretexto de serem refugiados.

Andrea Lindholz, vice-presidente do CSU, o partido conservador alemão alertou:

“O governo federal tem de garantir que não traz para o país apoiantes do Hamas ou mesmo assassinos terroristas. Para o efeito, é obrigatório um trabalho policial minucioso das autoridades alemãs e israelitas antes da partida do Cairo”.

A iniciativa surge na sequência da recusa do Egipto, da Jordânia e do Líbano, que com os palestinianos partilham a língua, a religião e a cultura, em acolher os refugiados. E de vários políticos israelitas de topo terem exigido que a Europa e os Estados Unidos abrissem as suas fronteiras aos milhões de pessoas que vivem na Faixa de Gaza, enquanto Israel lança a sua invasão terrestre do território controlado pelo Hamas.

 

Alemanha proíbe apoio público ao Hamas.

Apesar da vontade de Baerbock de recolher palestinianos sem que a sua identidade seja escrutinada publicamente, o governo alemão proibiu qualquer manifestação pública de apoio à organização terrorista Hamas, num esforço para contrariar o crescente antissemitismo no país. A proibição abrange também o grupo Samidoun, simpatizante do Hamas, que organizou celebrações em Berlim imediatamente após o violento ataque a Israel a 7 de Outubro.

A ministra federal do Interior, Nancy Faeser, anunciou no início deste mês:

“Proibi hoje completamente as actividades pró-Hamas, uma organização terrorista cujo objetivo é destruir o Estado de Israel. A realização de celebrações espontâneas aqui na Alemanha, em resposta aos terríveis ataques terroristas do Hamas contra Israel, demonstra uma visão do mundo antissemita e desumana, de uma forma particularmente doentia”.

O anúncio foi elogiado pelo sindicato da polícia alemã, que afirmou que a medida simplificaria a sua tarefa de combater aqueles que celebram a violência anti-israelita ou antissemita.

 

Olaf Sholz diz que vai deportar imigrantes ilegais em “grande escala”.

As contradições no governo alemão sobre a questão da imigração são óbvias, já que as declarações da ministra dos negócios estrangeiros acontecem enquanto o país enfrenta um número recorde de entradas de migrantes ilegais, sendo que o chanceler alemão Olaf Scholz foi forçado a admitir que a situação está fora de controlo e prometeu iniciar deportações em “grande escala”.

Entre crescentes apelos em toda a Europa para o combate à imigração ilegal, na sequência dos ataques terroristas islâmicos e do aumento da incidência de crimes anti-semitas, o líder alemão juntou-se ao coro de chefes de estado e políticos europeus que finalmente reconhecem que as vagas de migração descontrolada têm que parar.

O chanceler disse à revista Der Spiegel.

“Estão a chegar demasiadas pessoas. Temos enfim que deportar em grande escala aqueles que não têm o direito de ficar na Alemanha”.

Annalena Baerbock pensa o contrário: quanto mais pessoas chegarem, melhor para os objectivos do Partido Verde de que faz parte. Como o ContraCultura tem reportado nos últimos meses, esta força política, de carácter radical e niilista, é uma das principais ameaças à democracia, à paz, ao livre arbítrio e ao bom senso, na Europa.

Não sendo de todo uma agremiação marginal no quadro dos poderes instituídos da Alemanha, o partido ocupa actualmente 118 dos 736 lugares no Bundestag, depois de ter ganho 14,8% dos votos expressos nas eleições federais de 2021 e é agora o terceiro maior dos seis grupos parlamentares, fazendo parte do governo federal.

Os 300 delegados do congresso deste partido detestam de tal forma o seu próprio país que solicitaram que a palavra “Alemanha” fosse retirada do seu manifesto.

 

 Alemanha concedeu vistos a 25 juízes afegãos da Sharia.

Uma notícia de última hora complica ainda mais o enredo: a Alemanha aceitou recentemente 25 juízes da Sharia como parte de um programa de refugiados mais amplo introduzido pelo governo, que se comprometeu a trazer dezenas de milhares de cidadãos afegãos para o país. Cerca de 200 familiares deverão acompanhar os juízes.

O Ministério Federal dos Negócios Estrangeiros e o Ministério do Interior comprometeram-se inicialmente a realocar 44 mil afegãos para a Alemanha no ano passado, com o objectivo de dar prioridade aos “activistas dos direitos humanos” e aos homossexuais. No entanto, o programa foi rapidamente interrompido devido a evidências generalizadas de que os afegãos estavam a abusar do sistema.

Mas apesar disso, e das provas dos serviços de segurança alemães de que o programa estava a ser procurado por pessoas que faziam alegações duvidosas ou falsificavam completamente a sua identidade, o esquema foi rapidamente restabelecido no início deste ano e já distribuiu pelo menos 3.000 vistos.

Juntamente com os juízes da sharia e os falsificadores de identidade, a embaixada alemã em Islamabad, no Paquistão, também recebeu candidaturas de islamistas e até de suspeitos de terrorismo desde que anunciou o programa.

A Alemanha já acolheu cerca de 400 mil cidadãos afegãos em todo o país, 176 mil dos quais dependem ddo Estado para sobreviver.