Inicia-se com este artigo uma série em que reunimos registos vídeo de dezenas de episódios e circunstâncias verdadeiramente espectaculares que a competição automobilística produz em quantidade recordista. Petrolheads de todo o mundo, apertem os cintos.

 

Máximo susto.

Jos Verstappen, vencedor da categoria LMP2 das 24 horas de Le Mans em 2008 e piloto de Fórmula 1 entre 1994 e 2003, enfia-se-se num Renault GT3 com o filho ao volante, para dar uma voltinha calma ao circuito de Spa-Francochamps.

A circunstância ocorre no ano de 2015, pelo que o condutor do veículo e o actual tricampeão de F1, Max Verstappen, ainda nem sequer tem idade para possuir carta de condução.

Os olhares do pápá e do filhote dizem tudo sobre o que se passa a seguir. Enquanto Max parece calmo e focado, Jos, apesar de ter sido piloto profissional toda a vida, fica por várias vezes muito próximo de sucumbir à apoplexia da velocidade (na subida de Eau Rouge deve ter feito um xi-xi).

Depois da volta concluída, quando o automóvel se detém finalmente nas boxes, a curta conversa em holandês é qualquer coisa como isto:

Max: “E então?”
Jos: “Isto não é normal, e tu fizeste-o deliberadamente não foi?”
Max: “Andei mais depressa com a mãe a bordo.”
Jos (céptico): “Pois, pois.”

Ao sair de Francochamps, Jos Verstappen estava por certo completamente convencido que criou um monstro. E tem toda a razão.

Um episódio entre a comicidade e a alucinação.

 

 

 

Quando em dúvida, acelera a fundo contra a parede.

O episódio ilustrado de seguida acontece em corridas virtuais com alguma frequência, mas em competição real, deve ser a primeira vez. Rost Chastain precisava de terminar em quinto, para continuar na luta pelo titulo NASCAR de 2022, mas viajava em décimo na última volta. Vai daí:

 

 

A decisão maluca de atirar o automóvel contra a parede quando este circulava a mais de duzentos à hora foi mesmo bem calculada, porque o prego a fundo na curva rendeu-lhe cinco lugares, pelo que Chastain acabou de facto por cortar a meta na quinta posição.

 

 

Convenhamos: é preciso ter órgãos genitais de aço inoxidável para fazer uma coisa destas.

 

 

Quatro em linha e seja o que Deus quiser.

2013. Última volta da corrida Indy Lights em Indianapolis. Como diz um dos comentadores, terá que ser o final mais fantástico da história deste circuito. Espectacular vezes quatro.

 

 

 

Só visto, porque contado ninguém acredita.

Alex Buncombe ultrapassa 17 adversários, sim dezassete, na primeira volta da primeira corrida do Blanc Pain Endurance Series de 2014, disputada em Monza. Também aqui, o episódio parece um clip tirado do Gran Turismo, mas não é. Parece um campeonato de amadores, mas não é. É automobilismo a sério, numa das suas competições de topo (o principal campeonato de resistência a nível mundial). Absolutamente incrível.

 

 

 

Uma corrida de Karts para a posteridade.

O britânico Super 1 é reconhecido como o mais competitivo campeonato nacional de karting em todo o mundo, com 450 a 500 miúdos a disputar as várias classes da competição. Esta é a série em que se sagraram campeões muitos dos actuais ases das categorias de topo do automibilismo, como Allan McNish, David Coulthard, Jenson Button, Lewis Hamilton e Paul Di Resta.

A nona ronda do campeonato de 2018 vai ficar para a história, porque os putos proporcionaram um espectáculo grandioso, que tem neste momento mais de 300.000 visualizações no Youtube, o que para uma corrida de karts não é dizer pouco. Um desses infantes, Reggie Duhy, parte do 26º e último lugar da grelha para cortar a meta na primeira posição, depois de uma corrida incrível e de se embrenhar nas últimas voltas numa acesa batalha campal com Zack Oates, que de tão zangado que estava acabou por se despistar.

O clip está codificado para mostrar apenas os últimos minutos da contenda, mas os incondicionais do automobilismo vão por certo gostar de ver a corrida por inteiro.