Vários objectos que, segundo a Casa Branca, a Administração Federal de Aviação (FAA) autorizou a voar nos céus da costa nordeste americana, em Novembro e Dezembro de 2024

 

Como o ContraCultura tinha previsto, a verdade sobre a estranha actividade de drones e orbes nos céus da costa nordeste americana ficou por revelar, apesar das promessas de Donald Trump de chegar ao fundo da questão assim que assumisse o cargo.

A Casa Branca revelou na terça-feira que alguns dos drones vistos a sobrevoar New Jersey e outras partes do país em Novembro e Dezembro de 2024 foram autorizados a voar pela Administração Federal de Aviação (FAA).

Na sua primeira conferência de imprensa, a secretária Karoline Leavitt compartilhou uma actualização vinda “directamente” do presidente Donald Trump para “esclarecer” a origem dos drones:

“Após pesquisa e estudo, os drones que estavam a sobrevoar New Jersey em grande número foram autorizados pela FAA para pesquisa e várias outras razões”

Além dos veículos autorizados pela FAA, outros drones pilotados por amadores foram avistados, e esse número aumentou à medida que a curiosidade sobre o fenómeno crescia, segundo Leavitt, que sublinhou:

“Este não era o inimigo”.

 

 

Portanto, não há nada para ver aqui. A administração Trump está a seguir basicamente o mesmo guião do regime Biden, com uma diferença apenas: Enquanto os anteriores responsáveis federais insistiam que os drones nem sequer existiam e eram produto de uma espécie de histeria colectiva, os actuais assumem a realidade, certificando-a com a chancela da FAA.

Mesmo que a versão Trump dos acontecimentos fosse a correcta, ficaria por explicar que “pesquisas” e que outras “várias razões” estão por trás da súbita erupção de milhares de estranhos drones, muitos do tamanho de SUV’s, muitos que permaneciam no ar muito mais tempo do que a actual tecnologia permite, nos céus da América. E por que raio é que a FAA não revelou que os tinha autorizado em tempo real, de forma a serenar as populações.

Acontece que as declarações da Casa Branca actual são tão vazias de substância e falidas de racionalidade como patéticas foram as afirmações da administração anterior.

Em primeiro lugar, e como o Contra documentou em vários artigos, o fenómeno nunca se limitou aos ‘drones’. Estes foram muitas vezes avistados em concomitância com orbes de luz que se movimentavam e comportavam de forma extremamente anómala.

Em alguns casos, as orbes metamorfoseavam-se em drones e os drones mudavam de forma, procurando configurações próximas, se bem que bizarras, da aviónica convencional.

Eis um caso de uma orbe que se transforma num drone, que se transforma em algo parecido com um avião.

 

 

Para aqueles que não têm conta no X, fica apenas o vídeo:

 

 

Há muitos mais documentos deste género a circular na web, uns mais credíveis do que outros, alguns já publicados no Contra. Mas tentamos ser económicos com estas imagens, dada a dificuldade de perceber o que é genuíno, do que é fraudulento.

Depois, os relatos de que drones e orbes sobrevoaram instalações militares e aeroportos, levando até ao fecho do trânsito aéreo num dos mais importantes aeroportos civis da costa leste – o Laguardia – estavam, pelos vistos, equivocados. Os governadores que disseram, há apenas duas semanas atrás, perante as câmaras de televisão e na cara de Trump, que estavam muito preocupados com a invasão de espaço aéreo crítico para a segurança dos EUA por objectos voadores não identificados, estavam também a ser vítimas de alucinações.

Ou então, a FAA, a autoridade federal da aviação americana, passou os dois últimos meses de 2024 num esforço renegado e concertado de disrupção do espaço áereo da federação. Sem que se saiba com que motivos. E assumindo que neste momento os EUA detêm tecnologias mesmo muito avançadas, que desafiam as leis da física conhecida.

A creditar as afirmações da Casa Branca de Biden, governadores, autarcas, militares, policias, agentes locais de segurança aeronáutica e controladores aéreos foram todos submetidos a uma alucinação colectiva. A creditar as declarações da Casa Branca de Trump, foram todo sujeitos a uma experiência governamental.

É espantoso. Até o FBI foi enganado, se nos recordarmos que em Dezembro abriu uma investigação sobre o fenómeno, e emitiu até este comunicado deveras específico:

“O FBI de Newark, a polícia estadual de NJ e o Gabinete de Segurança Interna e Preparação de NJ estão a pedir ao público que comunique qualquer informação relacionada com os recentes avistamentos de possíveis drones a voar em várias áreas ao longo do rio Raritan”.

A própria Administração Federal de Aviação chegou a emitir restrições temporárias de voo após o grande número de avistamentos, proibindo voos de drones sobre partes de New Jersey. Ora, segundo a administração Trump, a FAA estava a interditar os voos que tinha permitido, num aparente jogo de espelhos e sombras que é difícil de justificar.

Isto já para não falar dos milhares de cidadãos comuns que reportaram estranhos avistamentos a um ritmo ensandecedor, entre Novembro e Dezembro últimos. Isto para já não falar dos informadores (comprometidos ou não com uma agenda oculta) que nos últimos anos têm revelado histórias de ficção científica umas atrás das outras.

Estão todos a alucinar. Estão todos a mentir. Estão todos a confundir a ilusão com a realidade e vice-versa. É, afinal, um fenómeno de psicologia social. Estranha-se até que as academias americanas não se debrucem sobre este desvio psicadélico dos cidadãos da federação.

E para que fique claro: o ContraCultura não está, com as objecções que coloca neste texto, a sugerir que o fenómeno a que assistimos no fim do ano passado – e que não se circunscreveu sequer à costa leste norte-americana – tenha origem em turismo extra-terrestre. Não está a sugerir, aliás, coisa alguma para além disto: o governo federal americano mente, com quantos dentes tem, sobre o fenómeno UAP/OVNI. Independentemente de quem ocupa a Casa Branca.

E é muito provável que, se depender de decisão política/humana, nunca saibamos a verdade.

O que pode acontecer é sabermos a verdade por decisão inumana. E há razões para desconfiar que essa não vai ser propriamente uma experiência agradável.