Giorgia Meloni . Wikimedia Common

 

A primeira-ministra de Itália foi levada a admitir que os líderes europeus estão “cansados” da guerra na Ucrânia, reconhecendo paralelamente a impossibilidade de resolver a crise da imigração no velho continente.

Giorgia Meloni, vítima de uma partida de um grupo de russos que se fizeram passar por diplomatas africanos, confessou numa chamada telefónica que na União Europeia há a expectativa de que seja possível mediar um acordo com o governo russo para pôr termo à guerra, já que tanto a Ucrânia como a Europa estão muito desgastadas, acrescentando que se aproxima um ponto em que “todos compreenderão que precisamos de uma saída”. Isto embora a procura de um solução possa apresentar problemas legais:

“O problema é encontrar uma saída que seja aceitável para ambas as partes, e não violar o direito internacional”.

Meloni também foi bastante franca sobre a sua incapacidade de travar a crise migratória, afirmando que o problema está a tornar-se “muito difícil de gerir” e acrescentando:

“A dimensão do fenómeno é algo que envolve, na minha opinião, não só a União Europeia, mas também a ONU”.

Resolver o problema da imigração com a UE e as Nações Unidas é a mesma coisa que resolver os diabetes com bolas de Berlim.

A eurodeputada acrescentou ainda que os recém-chegados à Europa são “impossíveis de integrar”.

O telefonema, que pode ser ouvido no tweet em baixo, foi entretanto confirmado como genuíno pelo gabinete da primeiro-ministra italiana e ocorreu antes da Assembleia Geral da ONU em Nova Iorque, a 18 de setembro – mais ou menos na mesma altura em que a pequena ilha mediterrânica italiana de Lampedusa assistiu a um enorme afluxo de milhares de imigrantes ilegais que desembarcaram nas suas costas.

 

 

Um ano depois da sua eleição, Giorgia Meloni confirma-se como uma das maiores fraudes eleitorais da história recente de Itália.

A primeira-ministra apresentou-se ao eleitorado com uma plataforma populista. Mas logo que chegou ao poder, alinhou-se prontamente com os poderes neo-liberais instituídos no Ocidente, ao apoiar incondicionalmente o regime de Zelensky.

Eleita pelos italianos para estancar o fluxo migratório que está a arruinar a paz social, a identidade cultural, a herança étnica, o legado histórico, a tradição religiosa e a saúde económica do seu país, foi até agora incapaz de mostrar resultados. Pelo contrário: a imigração ilegal para Itália mais do que dobrou desde o ano passado, de acordo com dados divulgados pelo Ministério do Interior em Agosto.

Desde o início do ano, 89.158 migrantes ilegais cruzaram o Mediterrâneo para chegar a Itália, um aumento de 115% em relação aos 41.435 que fizeram a travessia no mesmo período do ano passado, segundo informou o Ministério.

No princípio deste mês, Meloni, alegadamente “nacionalista”, anunciou que tenciona ceder mais soberania nacional à União Europeia, permitindo que o bloco assuma o controlo das fronteiras meridionais da Europa.