A NewsGuard, uma empresa que afirma avaliar o nível de “credibilidade” dos meios de comunicação social e, portanto, tem uma influência significativa sobre as suas receita publicitárias, foi processada, junto com a administração Biden, pelo Consortium News, que também nomeou o Comando Cibernético do Pentágono por “contratar a NewsGuard para identificar, relatar e restringir o discurso dos media americanos que discordam das posições oficiais dos EUA sobre política externa”.

De acordo com a queixa, a NewsGuard está “a agir em conjunto ou em concertação com os Estados Unidos para coagir as organizações noticiosas a alterar os pontos de vista” relativamente à Ucrânia, à Rússia e à Síria, e implementou uma forma de “censura e repressão de pontos de vista” que divergem das políticas dos EUA e dos seus aliados.

O Consortium observa também que o NewsGuard classificou a totalidade dos mais de 20.000 artigos do Consortium News como “não fiáveis”, com base em apenas seis exemplos que lhes suscitaram problemas.

 

 

A NewsGuard usa o seu software para descredibilizar sites editoriais dissidentes, com avisos para “proceder com cautela”, e informando os seus subscritores que a Consortium News produz “desinformação”, “conteúdo falso” e é uma organização de media “anti-EUA”, apesar da agência censora só ter contestado um total de seis artigos do Consórcio e nenhum dos seus vídeos.

A queixa pede uma injunção permanente declarando o programa inconstitucional; impedindo o governo e a NewsGuard de continuarem tais práticas e mais de 13 milhões de dólares em indemnizações, por difamação e violação dos direitos civis.

Considerando o que já foi enunciado e o que será denunciado de seguida, 13 milhões é um valor modesto.

Na semana passada, o ex-funcionário da administração Trump, Mike Benz, observou no X que o co-fundador da Wikipédia, Jimmy Wales, é um conselheiro da NewsGuard, e que a organização estava envolvida numa conspiração para levar à falência os media alternativos e independentes. A NewsGuard trabalhou com a UE no novo código censório e o seu modelo de negócio tem serviços de “conformidade de desinformação” com as leis de censura que o bloco europeu promove no seu infame e orwelliano “Media Freedom Act“.

 

 

Num outro thread do X, Elon Musk chamou à Newsguard um “esquema fraudulento” depois da agência ter atribuído ao comentador político Tim Pool uma penalização porque, segundo ele, “publicámos 5 histórias em quase 5.000 que citavam Trump”. Musk acha – e bem – que a empresa devia ser banida imediatamente. Porque o simples facto de existir é, por si só, escandaloso.

 

 

De acordo com a Uncover DC, a NewsGuard tem contratos com o Departamento de Defesa, a Organização Mundial de Saúde, a Pfizer e a Microsoft. Opera portanto em excelente companhia.

 

 

O co-CEO Crovitz afirma que a Newsguard é a “bibliotecária da Internet que explica às pessoas algo sobre a fiabilidade, a credibilidade e os antecedentes daqueles que lhes dão as notícias”. Nada podia estar mais longe da verdade.

Segundo a MintPressNews, Crovitz ocupou vários cargos na Dow Jones e no Wall Street Journal, acabando por se tornar vice-presidente executivo da primeira e editor do segundo, antes de ambos serem vendidos à News Corp de Rupert Murdoch em 2007. É também membro da direção da Business Insider, que recebeu mais de 30 milhões de dólares do proprietário do Washington Post, Jeff Bezos, nos últimos anos. As alianças de Crovitz podem ser responsáveis pelas 100 classificações favoráveis atribuídas ao WSJ e o Washington Post. Ele também é colaborador “de livros publicados pelo American Enterprise Institute e pela Heritage Foundation”, que outrossim são avaliados favoravelmente pela NewsGuard.

Os directores, conselheiros e investidores da NewsGuard são um elenco interessante de personagens. Um dos investidores, a Publicis Groupe, é “o terceiro maior grupo de comunicações do mundo”. A Publicis tem, alegadamente, “ligações obscuras à Arábia Saudita. A Pfizer e a Bayer/Monsanto são dois dos seus principais clientes. Ironicamente, muitos dos conselheiros/directores são antigos funcionários do governo dos EUA, magnatas do entretenimento e jornalistas associados a agências conhecidas por produzirem notícias falsas.

Entre os conselheiros está Michael Hayden, antigo diretor da NSA e da CIA, que foi o arquitecto do programa secreto de espionagem doméstica de George W. Bush. Tom Ridge, outro conselheiro, foi o primeiro director do Gabinete de Segurança Interna após o 11 de Setembro. Richard Stengel, também consultor da organização, é um antigo alto funcionário do Departamento de Estado de Obama que uma vez descreveu o seu papel como sendo o de ‘chefe propagandista’.

Apesar disto, e como o Epoch Times observou em Agosto, a NewsGuard apresenta-se como objectiva e apartidária. As suas classificações pretendem mensurar a qualidade dos meios de comunicação social com base em nove critérios, incluindo a transparência da autoria e da propriedade e a adesão a boas práticas editoriais, como a emissão de correcções e a rotulagem de artigos de opinião. Na prática, porém, a avaliação resume-se ao facto dos meios de comunicação apresentarem conteúdos que agradam à linha ideológica da NewsGuard.

O primeiro critério analisa especificamente se o alvo publica repetidamente afirmações falsas. Outro examina se publica notícias de forma “responsável”. Mas falhar o primeiro significa falhar o segundo, explica a NewsGuard no seu sítio Web. Ainda outro critério é se o alvo utiliza títulos exactos.

Mais uma vez, se o título disser algo que a NewsGuard considera falso, isso conta como uma falha. Outro critério procura uma política de correcção regular dos erros – ou do que a NewsGuard considera serem erros. Juntos, estes quatro critérios somam mais de 60 pontos, num máximo de 100 possíveis.

Mesmo que a NewsGuard não consiga encontrar nada para contestar, pode ainda assim retirar pontos se o alvo não representar suficientemente as opiniões que a empresa gostaria de ver publicadas. Esses fornecedores de conteúdos “escolhem factos ou histórias de forma flagrante para promover opiniões”, argumenta a agência, omitindo que os seus próprios critérios são altamente opinativos.

Esta metodologia torna-se particularmente problemática quando a própria NewsGuard deturpa constantemente os factos. Por exemplo, durante o auge da pandemia de COVID-19, a empresa considerou falsa a suspeita de que o vírus SARS-CoV-2 teria sido libertado de um laboratório em Wuhan, na China. Se um órgão de comunicação social com uma pontuação perfeita divulgasse de forma responsável as extensas provas circunstanciais que indicavam a fuga do laboratório, corria o risco da NewsGuard reduzir a sua pontuação e rotulá-lo falsamente como uma fonte “não fiável”, que “viola gravemente as normas jornalísticas básicas”.

A questão das origens da COVID-19 foi um caso raro em que a NewsGuard acabou por emitir uma correcção, embora apenas tenha ido ao ponto de dizer que a hipótese de fuga de laboratório não podia ser completamente excluída.

O simples facto desta organização mafiosa estar ainda em actividade é por si só escandaloso – e sintomático dos tempos que correm.