A narrativa oficial dos poderes instituídos em Washington sobre a ‘Insurreição’ de 6 de Janeiro entrou na auto-estrada para o fim.

Na sua primeira entrevista desde que foi despedido da Fox News, Tucker Carlson sentou-se à conversa com o podcaster britânico Russell Brand e o resultado foi, no mínimo, interessante e, no máximo, iluminador.

Tucker começou por explicar por que escolheu o Twitter para lançar o seu programa:

“Não estou a trabalhar para o Elon Musk… O que ele me ofereceu é o que ele ofereceu a todos os outros utilizadores do Twitter, que é uma chance de transmitir as minha opiniões sem censores.”

A entrevista inteira é fascinante, mas uma secção em particular é fundamental, quando Tucker e Russel discutiam os eventos de 6 de janeiro.

Convém recordar que o actual líder da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, entregou a Carlson 40.000 horas de vídeo do célebre motim – que o âncora da Fox News prontamente amplificou – muitas dos quais sugeriam uma narrativa diferente daquela que os democratas (e os media corporativos) sustentaram: que se tratou de uma insurreição interpretadas por uma cobarde turba de assassinos, desencadeada pelas palavras e ações de Trump.

Admitindo que ficou “chocado” com alguns dos eventos daquele dia, Tucker confessou que a razão pela qual “se decidiu a comentar o assunto” foi porque

“As mentiras foram imediatas: ‘Esta foi uma insurreição racista, supremacista branca!’ Eu entrevistei o chefe da Polícia do Capitólio, Steven Sund, numa entrevista que nunca foi emitida na Fox, a propósito – fui demitido antes disso, vou entrevistá-lo novamente. Mas Steven Sund era totalmente apolítico, trabalhava para Nancy Pelosi, quero dizer, não era um activista de direita. Ele era o chefe da Polícia do Capitólio a 6 de janeiro e disse: ‘Ah, sim, sim, aquela multidão estava cheia de agentes federais, sim’. Bem, ele saberia, é claro, porque era o responsável pela segurança do local. Então, quanto mais o tempo passa mais se torna realmente óbvio que as principais alegações que eles fizeram sobre o 6 de janeiro eram mentiras”.

Tucker, que sabia que estava naquele momento a criar uma notícia, pareceu porém completamente descontraído e autêntico, sem fazer poupanças no seu manifesto de convicções.

“A quantidade de mentiras por volta de 6 de janeiro, como ficou óbvio nas imagens que mostrei, é realmente angustiante.”

Veja o clip desse segmento aqui:

 

 

Os comentários de Carlson enquadram-se na perfeição com declarações de denunciantes e testemunhas desse dia. Como relata o The Daily Caller, o advogado do réu Dominic Pezzola, Roger Roots, argumentou que estavam “pelo menos 40” informantes disfarçados no motim. Roots alegou que havia oito fontes humanas do FBI inseridas nos Proud Boys, juntos com 13 agentes disfarçados da Polícia Metropolitana. O denunciante do FBI, George Hill, alegou durante uma entrevista em Fevereiro com o Subcomité da Câmara sobre o Armamento do Governo Federal que a sede do FBI em Washington tinha “oficiais disfarçados” e “fontes humanas confidenciais” dentro do Capitólio a 6 de janeiro de 2021.

Carlson também partilhou com incrível sinceridade as suas opiniões sobre Donald Trump:

“Acho que daqui a dez anos, supondo que ainda estamos por aí, veremos Trump como a personagem mais significativa da política americana em 100 anos, porque ele reorientou o Partido Republicano contra os desejos dos líderes republicanos. Estou impressionado com suas visões de política externa. Trump é a única pessoa com estatura no Partido Republicano que realmente diz, ‘espera lá um segundo, porque é que estamos a apoiar uma guerra sem fim na Ucrânia?’ Independentemente de Trump conseguir ser eleito presidente ou se seria um bom presidente, não posso nem avaliar isto, tudo o que posso neste momento é dizer que estou muito grato por ele ter essa posição. Ele está certo e todos em Washington estão errados, todos. E Trump está certo nesta questão, que é uma grande questão. Esta guerra está a transformar o mundo. Está a transformar a economia do mundo. Está a transformar as populações. A Europa nunca mais será a mesma por causa desta guerra e isso realmente importa, e Trump, sozinho entre as figuras populares em ambos os partidos, entende isso e eu sou-lhe grato por isso. Quer ele seja eleito ou não, as palavras importam realmente. Dizer algo verdadeiro em voz alta é importante, e ele está a dizer coisas verdadeiras sobre a Ucrânia e que Deus o abençoe. É isto que eu sinto.”

Eis a entrevista no seu formato integral. Vale bem a pena.