Quem pensava que a fraude eleitoral de 2020 se circunscrevia à censura dos conteúdos do computador de Hunter Biden pela gestapo de Silicon Valley e a imprensa corporativa, deve pensar duas vezes. Porque a acreditar nos testemunhos dos denunciantes do fisco que na semana passada prestaram declarações ao Congresso, as circustâncias transcendem largamente esse esforço de controlo da informação.
Todos os caminhos levam a Hunter Biden.
Extorsão, suborno, lavagem de dinheiro, evasão fiscal, prostituição, abuso de drogas e, mais importante, fraude eleitoral. Os agentes do Internal Revenue Service (IRS) que se tornaram denunciantes – e cujas revelações ao Comité de Formas e Meios da Câmara dos Representantes foram divulgadas como transcrições na quinta-feira – colocam Hunter Biden no centro da tempestade.
O problemático filho de Biden esteve sempre no fulcro das preocupações sobre as eleições de 2020, a propósito do seu perdido e infame computador portátil. Quando surgiram relatos em outubro de 2020 de um laptop abandonado mostrando os detalhes sujos não apenas dos negócios obscuros de Hunter e da sua conduta potencialmente criminosa, mas também do conhecimento e envolvimento do então candidato presidencial Joe Biden, o corrupto Departamento de Justiça deu as mãos aos censores da Big Tech e aos propagandistas da imprensa mainstream para esconder a história.
Este facto foi extremamente significativo, não só porque expôs a depravação das forças policiais federais e dos guardiões da informação nos Estados Unidos, mas também porque as sondagens mostraram que, se os eleitores tivessem conhecido as profundezas da imundície da família Biden na altura, um número potencialmente elevado teria votado de forma diferente nas eleições de 2020.
As transcrições dos denunciantes do IRS divulgadas na quinta-feira, no entanto, acrescentam novas camadas à fraude eleitoral. De acordo com estes agentes do IRS, as agências federais abandonaram os procedimentos padrão para atrasar as investigações sobre Hunter Biden, ignoraram os agentes que pressionaram para que a investigação avançasse adequadamente, retaliaram contra esses agentes e – crucialmente – interferiram nas eleições de 2020, certificando-se de não tornar públicos os detalhes de sua investigação até que Donald Trump abandonasse a Casa Branca.
Como tudo se passou.
O segundo denunciante do IRS, que permaneceu anónimo, recordou o que se passou entre Maio de 2019 e 8 de dezembro de 2020, o dia em que os agentes deixaram que o caso Hunter Biden caísse no domínio público, imediatamente após a contestada eleição presidencial.
Ele explicou que, nas investigações fiscais criminais, a política do IRS dita a “necessidade de entrevistar o sujeito dentro de 30 dias após o início da investigação”. Embora, por vezes, investigações secretas ou actividades criminais em curso possam atrasar a entrevista de uma fonte, não é assim que funcionam os crimes fiscais, porque “as provas são normalmente históricas”. O denunciante disse que queria ir mais longe para pôr o filho de Biden “de sobreaviso”, uma vez que Hunter aparentemente tinha impostos não pagos de 2015 e declarações de impostos não apresentadas de 2016 e 2017. Pode inferir-se das transcrições que, se o calendário padrão do IRS tivesse sido seguido, Hunter Biden teria sido entrevistado no início do verão de 2019. Mas não foi.
De acordo com o denunciante, Hunter Biden até levantou repetidamente a questão da abertura do processo, mas a sua solicitação foi sempre rejeitada.
“Disseram-me continuamente que tínhamos de nos manter quietos para preservar potenciais provas do lado do FBI na investigação”.
No entanto, os procuradores-adjuntos dos Estados Unidos e os advogados fiscais do Departamento de Justiça (DOJ) disseram aos agentes do IRS que os procuradores poderiam eventualmente avançar com acusações graves de espionagem e evasão fiscal. Com base no acordo de confissão de Hunter Biden, revelado na semana passada, essas acusações nunca foram apresentadas. Em vez disso, partindo do princípio de que o acordo é aceite, as acusações fiscais do filho de joe Biden serão meras contra-ordenações com liberdade condicional, sem pena de prisão.
Assim, a investigação arrastou-se, secretamente, com mandados de busca electrónicos e análises demoradas. Eis o que aconteceu, nas palavras do denunciante:
“Durante todo este tempo, tivemos reuniões quinzenais. Nessas reuniões quinzenais, eu estava sempre a dizer que precisávamos de passar à acção. Chegou uma altura em que havia alguns relatórios bancários que iam ser divulgados e que iam incluir potencialmente os nomes dos investigadores do IRS e do FBI que receberam esses relatórios bancários. Assim, com a divulgação desses relatórios ao público, pensámos que a nossa investigação ia ser posta em causa, pelo que tínhamos de avançar com o processo fiscal. Mas as eleições estavam sempre a ser mencionadas.”
Não há nada mais claro do que isto. Sempre que havia razões para tornar o caso público, “as eleições” surgiam como argumento inibidor do normal curso do processo.
Então, enquanto sua equipa se preparava para emitir mandados de busca, os superiores suspenderam a investigação. No início de setembro de 2020, a Divisão de Impostos do DOJ e o escritório do procurador dos EUA de Delaware interromperam “actividades ostensivas ou quaisquer actividades que pudessem ser ostensivas”.
Então, a 20 de outubro de 2020, poucos dias depois do New York Post ter publicado a primeira história bombástica sobre o computador de Hunter e apenas duas semanas antes das eleições, a equipa do informador estava a tentar confirmar a morada da residência de Hunter Biden, de forma a proceder a uma busca. Mas um advogado fiscal do DOJ – Mark Daly (que não tem problemas em processar a evasão fiscal de cidadãos que não os Biden), impediu também essa iniciativa. Diz o informador a este propósito:
“Nunca na minha carreira a Divisão de impostos do Departamento de Justiça nos impediu de fazer algo do género. No fim de contas, só pudemos fazer a visita à residência depois das eleições. E foi aí que, em última análise, fomos ao local e pudemos realizar as actividades no dia 8 de dezembro.”
O outro denunciante do IRS, o agente especial de supervisão Gary Shapley, partilhou preocupações semelhantes com o Comité de Formas e Meios da Câmara, alegando que o DOJ “atrasou a investigação” e negou mandados de busca aos domicílios de Hunter Biden por causa da “óptica”.
E então?
Talvez o leitor não se importe com a cronologia ou com os pormenores aparentemente mundanos de uma investigação do IRS. É provável que a leitora até não fique muito incomodada com uma história de fuga ao fisco. Mas isto é mais do que uma disfunção burocrática ou um simples processo de evasão fiscal. É um relato – sob pena de perjúrio, de dois respeitados agentes do IRS que estavam envolvidos na investigação – que expõe um novo segmento, mais profundo, da comprovada interferência do deep state nas eleições de 2020.
Isso é importante não apenas porque essa interferência abalou a confiança dos americanos no processo eleitoral, mas porque os conservadores que foram condenados como teóricos da conspiração e “negacionistas eleitorais” estavam certos desde o princípio.
O regime democrata interferiu nas eleições, pura e simplesmente. As autoridades fizeram-no alterando ilegalmente as regras à última hora. As grandes empresas de tecnologia fizeram-no escondendo informações prejudiciais sobre os seus candidatos preferidos e censurando os conservadores. Os activistas multimilionários fizeram-no injectando centenas de milhões de dólares em gabinetes governamentais dos estados indecisos para levar a cabo operações de recolha de votos. Os media fizeram-no mentindo aos eleitores, dia após dia.
Mas os soldados do deep state são talvez os infractores mais flagrantes. A sua censura e negligência legal para proteger a família Biden constituíram decisivas contribuições de campanha para o actual presidente – que provavelmente não teria esse título sem a sua ajuda.
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Este artigo de uma série sobre os caso de corrupção da família Biden expostos por informadores do IRS em declarações ao Congresso dos EUA foi redigido a partir de um conjunto de reportagens que o The Federalist publicou entretanto sobre o assunto.
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