Lloyd James Austin III, actual Secretário de Defesa dos Estados Unidos

 

Esta é uma notícia surrealista. Mas factual.

Devido a um massivo erro de contabilidade, que ocorreu apenas quatro semanas após um outro lapso contabilístico de 3 mil milhões de dólares, o valor das armas fornecidas à Ucrânia pelos Estados Unidos foi sobrestimado em 6,2 mil milhões de dólares nos últimos dois anos, segundo a Associated Press.

 

 

A porta-voz do Pentágono, Sabrina Singh, disse que uma revisão detalhada do erro contabilístico revelou que o valor real dos artigos retirados dos stocks do Pentágono e enviados para a Ucrânia foi mal contabilizado, acrescentando que os cálculos finais revelam um erro de 3,6 mil milhões de dólares no ano fiscal em curso e 2,6 mil milhões de dólares no ano fiscal de 2022, que terminou no passado dia 30 de setembro.

E, claro, a AP oferece prontamente um final feliz para a história;

“Como resultado, o departamento tem agora mais dinheiro nos seus cofres para apoiar a Ucrânia na sua contraofensiva contra a Rússia. E isto acontece numa altura em que o ano fiscal está a terminar e o financiamento do Congresso começa a diminuir.”

Portanto, um erro contabilístico monumental e astronómico não é relevante. A incompetência abismal da gestão financeira do Pentágono não é de sublinhar. Não há nada para ver aqui. Prossigamos para a verdadeira e abençoada notícia que é esta: há ainda mais dinheiro para enfiar no poço sem fundo do regime Zelensky.

Os Estados Unidos aprovaram até agora quatro rondas de ajuda à Ucrânia, num total de cerca de 113 mil milhões de dólares, alguns dos quais destinados a repor o equipamento militar norte-americano utilizado na linha da frente. Em dezembro, o Congresso aprovou a última ronda de financiamento, totalizando cerca de 45 mil milhões de dólares para a Ucrânia.

Os 6,2 mil milhões de dólares “extra” agora “encontrados” e direccionados para a Ucrânia surgem no momento em que o país inicia a sua contraofensiva contra a Rússia, numa tentativa de recuperar o território detido pelas forças do Kremlin desde fevereiro de 2022. Até agora, “a contraofensiva tem-se deparado com terreno fortemente minado e fortificações defensivas reforçadas”, de acordo com o comandante das forças armadas da Ucrânia, Valerii Zaluzhnyi.

Como o contra já noticiou, as baixas ucranianas são significativas, em homens e equipamento, mas os progressos têm sido insubstanciais.

As autoridades norte-americanas ainda não forneceram os totais exactos dos montantes financeiros dedicados à Iniciativa de Assistência à Segurança da Ucrânia, que fornece financiamento a longo prazo para a compra de armas, incluindo grandes sistemas de defesa aérea. Mas não é preciso possuir o talento sobrenatural do oráculo de Delfos para se adivinhar uma enormidade incontável de dólares.