Embora a recente sondagem da Harvard CAPS/Harris tenha recebido mais cobertura pela vantagem do ex-presidente Donald Trump sobre o presidente Joe Biden que revelou, o estudo também dá prova material que a maioria dos eleitores americanos discorda das narrativas dos media corporativos. Durante o fim-de-semana, o jornalista Glenn Greenwald chamou a atenção para o relatório e para seus os temas-chave, no Twitter.

A sondagem foi realizada de 17 a 18 de Maio de 2023, a 2004 eleitores americanos registados, ponderando os resultados por dados demográficos de acordo com a sua proporção na população e a probabilidade de presença online.

De acordo com os principais resultados divulgados em 19 de Maio, a maioria dos americanos acredita que as alegações incluídas no dossier Steele e nas histórias de conluio com a Rússia são “falsas”, mas cerca de 70% dos democratas ainda acreditam nessas mentiras dos meios de comunicação social corporativos, o que é espantoso.

 

 

A maioria dos americanos também sabe que “o portátil de Hunter Biden é real”. Mas grande parte dos democratas ainda acredita na fraudulenta alegação propagada pelos canais noticiosos mainstream e concebida pela equipa de Biden e por um grupo de funcionários corruptos dos serviços secretos – de que se tratava de desinformação russa.

 

 

A maioria dos eleitores inquiridos não acredita que o FBI e o Departamento de Justiça estejam a “investigar totalmente” o portátil de Hunter, mas quase dois terços dos eleitores pensam que Hunter esteve envolvido em “tráfico de influências ilegais e evasão fiscal”. Quase metade dos inquiridos ainda não está convencida de que o Presidente Biden esteve envolvido nos esquemas do seu filho.

 

 

No entanto, a maioria dos eleitores considera que o Presidente Biden não está a demonstrar aptidão para o cargo, com 57% dos inquiridos a dizerem que ele é mentalmente incapaz e uns impressionantes 65% a dizerem que é “demasiado velho”.

 

 

Para além das linhas partidárias, os eleitores estão também “muito preocupados” com a “interferência do FBI e das agências de inteligência numa futura eleição presidencial” e acreditam que o governo precisa de uma “reforma abrangente” para evitar essa possibilidade.

 

 

Como concluiu Glenn Greenwald, a sondagem Harvard/Harris fornece uma visão chocante do número de americanos cujas opiniões não são representadas nas notícias a que assistem todos os dias. O declínio da confiança nos meios de comunicação social tradicionais não é assim de surpreender. O que nos pode deixar espantados é o facto de ainda tantos americanos, particularmente os eleitores democratas, continuarem a acreditar em flagrantes mentiras e persistirem em validar as narrativas montadas sobre essas mentiras que são propagadas por aparelhos mediáticos que servem fanaticamente e em uníssono os interesses dos poderes instituídos.

 

 

Porque é preciso estar muito para além de hipnotizado para não conseguir detectar a história do bandido, que é vendida todos os dias pela imprensa corporativa.