O Canadá, tal como grande parte dos Estados Unidos, era um lugar muito diferente há uma ou duas décadas atrás. A maioria dos canadianos acreditava nas liberdades civis básicas. Podiam assistir a jogos de hóquei sem serem ensinados sobre a teoria radical de género por equipas que envergavam camisolas com temas de orgulho gay. Denunciar pessoas pela cor da sua pele ou endeusá-las por causa das suas opções sexuais ou ilusões de género era visto como algo vicioso, não virtuoso.
Mas talvez a mais preocupante de todas as mudanças ocorridas nos últimos anos seja a hostilidade aberta e crescente do país em relação ao cristianismo e, em particular, à fé católica.
De acordo com novos dados divulgados pelo governo federal, os crimes de ódio contra os católicos registados pela polícia aumentaram uns impressionantes 260% em 2021, em comparação com o ano anterior – de longe o maior aumento registado por qualquer grupo durante esse período. Os crimes de ódio contra canadianos judeus e negros aumentaram 47% e diminuíram 5%, respectivamente, embora ambos os grupos tenham relatado um número total de incidentes maior do que os católicos.
Os ataques anti-católicos no Canadá aumentaram quase 10 vezes mais depressa do que todos os crimes de ódio comunicados em conjunto, que aumentaram 27% no total. Este parece ser um desenvolvimento importante. Mas onde está a indignação dos políticos e dos meios de comunicação social? Em lado nenhum claro, mesmo quando o assunto é o dos crimes de ódio religioso no Canadá. Por exemplo, um artigo do The Globe and Mail começa por referir:
“Um novo relatório revela um aumento recorde dos crimes de ódio contra as comunidades LGBTQ, muçulmana e judaica, o que suscita apelos a um maior apoio às vítimas de abusos.”
A primeira de duas breves referências ao aumento dos crimes de ódio contra os católicos está enterrada no 14º parágrafo (!).
Outro artigo do The Canadian Press não menciona a palavra “católico” uma única vez ao relatar estes novos números. Impressionante, não?
Entretanto, o Primeiro-Ministro canadiano, Justin Trudeau, está ocupado a agradar aos grupos mais em voga. Em Março, lamentou o “aumento perturbador do ódio anti-transgénero aqui no Canadá e em todo o mundo”. Os crimes de ódio contra a orientação sexual terão aumentado 64%.
Em Janeiro, Trudeau anunciou a nomeação de Amira Elghawaby como a primeira representante especial do Canadá para o combate à islamofobia. Mas, de acordo com o relatório, os crimes de ódio no Canadá são agora mais frequentemente dirigidos aos católicos do que aos muçulmanos – 155 incidentes em comparação com 144. Este facto inconveniente não impediu Trudeau de promover a sua narrativa preferida. O primeiro-ministro afirmou num comunicado que:
“A islamofobia é demasiado familiar. Ninguém no nosso país deve sentir ódio por causa da sua fé”.
Ninguém, ao que parece, excepto os cristãos.
Mas não é só no Canadá que os católicos estão a ser alvo de perseguição. O Contra já denunciou vários casos de violência religiosa contra cristãos na China, onde são encerrados em centros de tortura e lavagem ao cérebro e perseguidos com ferocidade; e em Israel, onde são perseguidos com o beneplácito do regime de Benjamin Netanyahu. Em Março, o Departamento de Justiça dos EUA (DOJ) recomendou que não fosse aplicada pena de prisão a uma activista do aborto identificada como trans-género, chamada Maeve Nota, que foi acusada de desfigurar a Igreja Católica de Santa Luísa em Bellevue, Washington, com grafitis profanos. A activista também terá alegadamente partido duas portas de vidro com pedras, destruído uma estátua da Virgem Maria, agredido um funcionário da igreja e resistido à prisão.
Desde a decisão do Supremo Tribunal dos EUA de anular Roe v. Wade em Junho passado, houve mais de 100 ataques a igrejas católicas, centros de gravidez pró-vida, maternidades e outras organizações pró-vida em toda a América. Não é de surpreender que estes incidentes recebam pouca cobertura.
No mês passado, um atirador identificado como transgénero matou três crianças e três adultos num tiroteio em massa na The Covenant School, uma escola cristã privada em Nashville, Tennessee. As forças da ordem chamaram-lhe “ataque selectivo”. Quando questionado sobre se acreditava que os cristãos tinham sido intencionalmente visados pelo atirador transgénero, Biden riu-se da pergunta. Os seus aliados na imprensa parecem igualmente desinteressados, acusando os republicanos de “amplificar a retórica anti-trans” ao procurarem muito simplesmente respostas sobre os motivos do atirador.
Se os políticos e a imprensa corporativa se preocupassem verdadeiramente com o aumento dos crimes de ódio, preocupar-se-iam com todos eles – e não apenas com aqueles que são politicamente úteis, certo?
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