Tucker Carlson anunciou ontem à noite, num breve clip publicado no Twitter, que vai voltar à actividade, precisamente na plataforma agora dirigida por Elon Musk.

 

Para além de uma introdução crítica sobre o lamentável estado da imprensa contemporânea, sugerindo que foi precisamente por insistir em informar o seu público com verdades factuais que vão contra a narrativa dos poderes instituídos e o degradante sistema ético dos meios de comunicação social que foi silenciado, Tucker fez várias afirmações contundentes, entre as quais:

“Todas as pessoas que trabalham em media de língua inglesa compreendem que há uma lei sobre o que não se pode dizer que define tudo. É uma lei realmente suja e corrupta. Não podemos ter uma sociedade livre se as pessoas não são autorizadas a dizer o que pensam ser a verdade. O discurso é o requisito fundamental para a democracia.”

E prosseguindo, faz notar assertivamente que não há assim tantas plataformas que permitam a liberdade de expressão como isso:

“Estranhamente, não restam muitas plataformas que permitam o livre discurso. A única grande plataforma é o Twitter.”

E em conclusão o anúncio do regresso:

“Em breve, vamos trazer para o Twitter uma nova versão do programa que temos feito nos últimos seis anos e meio. E vamos trazer outros conteúdos também.”

Esta é uma vitória do livre discurso, uma séria, senão terminal, facada nos media corporativos, um claro triunfo da gestão de Elon Musk como CEO da companhia do passarinho azul, e a prova provada de que Tucker é a personalidade mais corajosa, clarividente e determinada dos media actuais.

À hora que este artigo foi redigido, o tweet de Tucker tinha 61 milhões de visualizações. 61 milhões. Uma audiência que é vinte vezes maior que os horários nobre da Fox News, da CNN e da MSNBC somados. A Fox está neste momento a sofrer o impacto da sua decisão abstrusa com audiências tão baixas que são recordistas neste século. Este pequeno parágrafo, convenhamos, diz muito.

O momento poderá ser histórico, na medida em que é bastante provável que marque, no futuro, o fim dos media convencionais e corporativos. Oxalá.

Especula-se agora sobre a natureza do negócio que foi firmado entre Elon Musk e Tucker Carlson, já que o ex-pivot da Fox News está obrigado por contrato milionário a não ganhar a vida com a sua profissão, fora do âmbito da estação noticiosa dos Murdoch (tecnicamente, Carlson não foi despedido – até porque não há justa causa – e continua a receber o ordenado como se nada fosse). É claro que haverá receitas, sempre astronómicas considerando a imensa plateia de que dispõe, para que Tucker ganhe muito dinheiro, como a simples monetização da sua conta do Twitter, e de forma a que Musk não lhe tenha que pagar um chavo sequer. E o dinheiro é capaz de não ser um factor tão importante assim para um homem que já é milionário quanto baste.

Seja como for: Tucker Carlson vai continuar a incomodar, com veia eloquente e pontaria afinada, as elites globalistas, o regime Biden e seus congéneres, os senhores do universo de Silicon Valley e Wall Street, os senhores da guerra do complexo militar e industrial americano, os homens Davos, os políticos alienados dos interesses do seu eleitorado, as criaturas do pântano de Washington, as criaturas do pântano de Hollywood, os burocratas com tiques autoritários, os transformistas do alfabeto todo, os ‘cientistas’ com talento para tiranos, a turba woke, os apparatchiks do condicionamento ideológico, os marxistas do grande capital, os polícias dos pensamento, os agentes federais do condicionamento ideológico e os espiões da opinião, os censores de todas as partes, os maniqueístas de todos os lados, os ambientalistas apocalípticos, os radicais de tudo e mais alguma coisa e os lacaios e falsários da imprensa mainstream.

É tarefa homérica. Mas alguém precisa de a cumprir.

Hip, hip, hurra.