De todos os minis, este é o preferido do ContraCultura. Construído pela British Leyland e redesenhado por Roy Haynes, o 1275 GT era, para a altura, um pequeno diabo.

Em 1969, o Mini recebeu um facelift do estilista Roy Haynes, que tinha anteriormente trabalhado para a Ford. À versão redesenhada chamaram Mini Clubman. A grelha rectilinia, saliente e meio inclinada para a frente, dava ao modelo um aspecto mais dinâmico e agressivo.

No lançamento, todos os Clubmans foram alimentados pelo motor de 998cc já utilizado no Mini 1000, com 38 cavalos. Um modelo mais desportivo com o motor de 1275cc que debitava 59 cavalos, apelidado de 1275 GT, foi previsto como substituto do Mini Cooper de 998 cc e concorrente do Mini Cooper S de 1.275 cc que continuou em produção até 1971.

A excelente relação peso-potência (11,5 kgs / Cv), o torque impressionante (94.0 Nm @5500 rpm), aliados à estabilidade e aderência míticas do Mini, colocavam este modelo no segmento desportivo e faziam as delícias da classe operária. Tendo sido o primeiro Mini a ser equipado com um conta-rotações, oferecia uma caixa de engrenagens de relação curta, jantes Rostyle de 10 polegadas (25,4 cm) e travões de disco de 7,5 polegadas (19,05 cm) do tipo Cooper S. O 1275 GT fazia cerca de doze segundos dos 0 aos 100 kms/h. A frente rectilínea, contudo, limitava a velocidade máxima aos 140 kms/h.

Durante a década de 1970, a British Leyland continuou a produzir o clássico desenho “frente-redonda” de 1959, juntamente com os modelos mais recentes Clubman e 1275 GT. O Clubman de nariz longo e o 1275 GT ofereciam melhor segurança em caso de colisão e estavam melhor equipados, mas eram mais caros e aerodinamicamente inferiores ao design original de 1959. O Mini Clubman e o 1275 GT foram substituídos em 1980 pelo novo hatchback Austin Metro, enquanto a produção do desenho original do Mini de “frente-redonda” continuou por mais 20 anos. Foram fabricados 110.673 veículos deste modelo.

O redactor deste curto texto conduziu uma destas maravilhas da indústria inglesa, há muitos anos, e pode garantir que a sensação era a de que se estava aos comandos de um kart vitaminado com esteroides.

Olhem bem para esta caixinha. Está mesmo a convidar para um shot de adrenalina, não está?