Uma sondagem publicada recentemente revelou que a confiança que os americanos têm nos meios de comunicação social corporativos atingiu novos mínimos.
O painel da Gallup e da Knight Foundation, que mensurou a opinião dos inquiridos durante os últimos cinco anos revelou que apenas um quinto dos americanos continua a considerar a imprensa mainstream como um veículo credível de informação noticiosa., embora para qualquer pessoa que esteja acordada essa percentagem ainda seja estranhamente elevada.
O estudo concluiu também que metade dos americanos acreditam que as organizações noticiosas pretendem enganar, desinformar ou persuadir o público. Mais de metade da amostra não acredita que as organizações noticiosas tenham em vista os melhores interesses das pessoas.
Os responsáveis pelo estudo de opinião admitiram, muito a contragosto e atirando para o campo emocional aquilo que não podia ser mais racional, que:
“Este estudo sugere que muitos americanos sentem desconfiança a um nível emocional, acreditando que as organizações noticiosas pretendem enganá-los e são indiferentes ao impacto social e político das suas reportagens. A nossa análise demonstra que estes indicadores de confiança emocional nas notícias são, de facto, distintos da opinião de que as organizações noticiosas são capazes de produzir reportagens precisas e justas”.
A confiança nos meios de comunicação social está a descer em espiral em todo o Ocidente, e até os seus corruptos sistemas judiciários e financeiros recolhem maior confiança do público.A única instituição que os americanos consideram menos digna do que a imprensa é o Capitólio.
Quando as pessoas confiam mais em banqueiros do que em jornalistas, seria de esperar que estes últimos reflectissem sobre a sua actividade, mas isso é pedir muito: só gente inconsciente de si e do mundo é que é capaz de trabalhar nas redacções do New Yotk Times ou do Expresso.
O jornalista independente Matt Taibbi, um dos escolhidos por Elon Musk para investigar e publicar os Twitter Files, que foi insultado e atacado pelos Democratas no Congresso, observou numa entrevista à Newsmax que os meios de comunicação social parecem completamente despreocupados agora que a profissão está condicionada a ser um veículo de propaganda dos poderes instituídos.
“Estas histórias são claramente dignas de notícia e nem são particularmente partidárias, a maior parte delas. Estes ataques dirigidos a mim e ao [Michael] Shellenberger são do género dos que enlouqueceram os principais meios de comunicação social quando Donald Trump estava em funções. Perante as afirmações graves e insultuosas de alguns membros do Congresso teria havido dias e dias de manchetes nessa altura. Agora, há total despreocupação em relação a isso. Mas estou ainda mais preocupado pela falta de ‘esprit de corps’ entre os repórteres sobre a história dos ficheiros Twitter. Normalmente, quando se consegue uma grande história, espera-se que a cavalaria venha para ajudar a investigar o caso e ninguém o fez, e penso que esse tem sido um aspecto muito perturbador. A ideia da defesa das liberdades civis e da protecção dos jornalistas de investigação, quando trabalham no sentido de desmascarar a corrupção governamental e dos poderes instituídos, que costumava ser unânime nesta profissão, desapareceu completamente.”
Outro reputado jornalista independente, Glenn Greenwald salientou que a única razão pela qual os meios de comunicação social conseguem registar níveis de confiança acima de zero é o da cegueira ideológica, já que a esquerda opta por se colocar ao lado dos propagandistas do regime, manifestamente tendenciosos, como apparatchiks do grande Pravda em que se transformou a imprensa corporativa.
The only reason these pitiful numbers for trust in media aren’t zero is because Dems — of course — trust the media in far larger numbers (35% for newspapers) than GOP (5%) and independents (12%). Same with TV news.
Everyone knows what side they’re on.https://t.co/g0HUOXoDRt pic.twitter.com/oLyREMPCkE
— Glenn Greenwald (@ggreenwald) July 5, 2022
Relacionados
24 Out 24
Engenheiro sénior da Meta revela que a plataforma “despromove” conteúdos críticos de Kamala Harris.
Numa inadvertida confissão captada em vídeo, um engenheiro da Meta confirmou que o Facebook e o Instagram continuam a censurar conteúdos políticos, apesar de Zuckerberg ter prometido recentemente, numa carta ao Congresso, que ia abandonar tais métodos pidescos.
24 Out 24
“Bruxas do Reddit” afirmam que não conseguem atacar Trump devido a uma misteriosa “protecção”.
As “bruxas do Reddit” estão a manifestar a sua frustração por não conseguirem lançar feitiços nocivos contra Donald J. Trump, atribuindo as dificuldades sentidas a uma misteriosa “protecção” que rodeia o ex-Presidente.
18 Out 24
Bret Baier, da Fox News, afirma que a campanha de Kamala Harris recorreu a expedientes para encurtar a duração da entrevista.
Conscientes do desastre inevitável, os executivos da campanha de Kamala Harris tudo fizeram para reduzir para metade uma entrevista que de qualquer forma não ia durar mais que meia hora. Ainda bem, porque ouvir Kamala durante tanto tempo seria deveras doloroso.
17 Out 24
O pesadelo da imprensa corporativa: JD Vance não brinca em serviço.
O candidato republicano à vice-presidência parece divertir-se deveras enquanto procede, com tranquilidade e presença de espírito, à demolição das falsas premissas da imprensa corporativa. Devemos aprender com ele.
14 Out 24
Porque será? Imprensa corporativa não encontra justificação para o facto de Trump estar a realizar menos comícios.
A Axios publicou um artigo que refere que Donald Trump está a realizar menos comícios e pergunta-se porquê, olvidando, com requintada hipocrisia, o facto óbvio do homem correr risco de vida de cada vez que sai à rua.
11 Out 24
O povo brasileiro pode voltar ao X. Pelas piores razões possíveis.
A partir de agora, qualquer cidadão brasileiro que expresse no X uma opinião dissidente, pode ser violentado pelo estado, com a alegre colaboração da plataforma de Elon Musk. Quem anunciar isto como uma vitória da liberdade de expressão está a fumar uma droga má.