Desde o início do ano, a Ucrânia já recebeu mais de 85.000 milhões de euros em ajudas do Ocidente. Oitenta e cinco mil milhões. E isto numa conjuntura económica muito difícil.

Os EUA contribuiram com 60% do bolo, a União Europeia com 20%, o Reino Unido, cujo tesouro se encontra em falência técnica, com 7,5%, e a Alemanha, o Canadá e a Polónia com 4%. Portugal entrou com 260 milhões, valores mais altos do que países bem mais ricos como a Bélgica, a Suíça, a Coreia do Sul ou a Finlândia. Só os Estados Unidos gastaram com a Ucrânia cerca de 50% do orçamento de defesa anual da Rússia.

Escusado será dizer que ninguém sabe muito bem onde e como é gasto este dinheiro. Sobre este assunto basta informar a audiência do ContraCultura que a Ucrânia é um dos três países mais corruptos do mundo.

Mas perante estes recordistas ataques de generosidade, esperava-se pelo menos alguma gratidão, alguma humildade por parte de Zelensky. O problema é que quando o ouvimos falar, exigindo mais e mais dinheiro e sempre em quantidades bilionárias (e exigindo também que a NATO ataque directamente a Rússia, ou seja, que seja desencadeada uma guerra nuclear), dá a sensação que o líder ucraniano acha que os contribuintes ocidentais lhe devem transcendentes favores.

Dá vontade de perguntar ao presidente ucraniano: amigo, quem é que pensas que és? E porque é que achas que eu tenho que te encher os bolsos? Conheces-me de algum lado? Tu e o teu país fizeram alguma coisa por mim ou pelo meu país que eu não tenha registado?

Tucker Carlson, na conclusão de um monólogo da semana passada, aborda esta questão da insolência dos dirigentes de Kiev, colocando as coisas na exacta e prosaica maneira que são colocadas no parágrafo anterior.

 

 

Sublinhando o inconsciente e arrogante registo das “autoridades” ucranianas, o recente episódio que envolveu Elon Musk é a todos os títulos notável. O Starlink, satélite de comunicações que Musk colocou à disposição da Ucrânia para viabilizar as suas telecomunicações em tempo de guerra, custa 20 milhões de dólares por mês. Mas os dirigentes ucranianos, mais uma vez, mostram-se incapazes do devido reconhecimento. Pelo contrário. Só porque Elon Musk falou de paz, Andrij Melnyk, um proeminente diplomata de Kiev respondeu assim:

 

 

O que talvez não seja muito boa ideia, porque a reacção de Musk foi a de informar o Pentágono que a, partir de agora, os custos do satélite terão que ser suportados por alguém que não as empresas que dirige. Tanto mais que entretanto ficámos a saber que o bilionário foi colocado numa Kill List dos serviços secretos ucranianos:

 

 

Tudo bons rapazes. Que continuamos a financiar como se se tratassem dos mais respeitáveis heróis de que há memória, a norte dos Montes Cárpatos.