A repórter da Fox News Jennifer Griffin confirmou que os EUA não foram responsáveis pela explosão do gasoduto Nord Stream 2, porque foi isso que o Pentágono lhe disse. E pronto, caso encerrado.

Apesar das acusações de que os Estados Unidos estão envolvidos nas explosões que, segundo consta, poderiam aniquilar os oleodutos permanentemente, e sem que qualquer investigação tivesse tido lugar, o jornalismo de fé cega de Griffin resolveu o assunto em definitivo, num tweet lapidar:

“Não há qualquer prova ou indicação de que os EUA tenham estado envolvidos de alguma forma nas explosões dos oleodutos Nordstream 2. A minha pergunta no briefing do Pentágono de hoje: Pode descartar que os EUA tenham estado envolvidos? Oficial Militar Sénior: Sim, não estivemos envolvidos, em absoluto.”

Isto apesar dos vários indícios que apontam precisamente para uma operação de sabotagem americana, entre os quais:

– O ex-ministro dos negócios estrangeiros polaco, Radoslaw Sikorski agradeceu, num tweet que entretanto foi apagado, aos Estados Unidos por terem danificado o gasoduto;
– A Nato tem vindo a realizar exercícios nas imediações do gasoduto;
– Victoria Nuland, da Secretaria de Estado Americana, e o próprio Joe Biden, anunciaram que não permitiriam que a estrutura funcionasse, caso a Rússia invadisse a Ucrânia.

 

 

A repórter da Fox News já foi antes acusada de publicar notícias falsas e amplificar descaradamente a propaganda do regime. No início deste ano, Griffin publicou uma história fraudulenta que implicava a Rússia no bombardeamento do memorial do holocausto de Babi Yair, na Ucrânia. A reportagem foi mais tarde desmascarada depois de um jornalista israelita ter visitado o sítio e de o ter encontrado completamente incólume.

Griffin também reciclou a mentira de que a Rússia estava a usar “crematórios móveis” para “evaporar” mortos de guerra, quando a suposta prova foi retirada de um vídeo do YouTube de 2013.

Quando surgiram notícias sobre os laboratórios de armas biológicas norte-americanos na Ucrânia, Griffin voltou a repetir simplesmente os talking points do Pentágono, de forma a descartar a história rapidamente.

Quando a “jornalista” foi recentemente recompensada pelas suas mentiras com um novo contrato, declarou, com desplante recordista que:

“Tem sido uma honra fornecer aos telespectadores reportagens de confiança do Pentágono e de todo o mundo sobre questões que são primordiais para todos nós – a segurança e a protecção dos nossos concidadãos e aliados”.

Reportagens de confiança? Jennifer Griffin vive no planeta do faz de conta. Faz de conta que é jornalista, faz de conta que reporta factos, faz de conta que é digna de confiança. Na verdade, é só mais uma serva da propaganda do regime.