O primeiro monólogo do dissidente escocês no ContraCultura é uma obra de arte em oratória. E um lúcido tratado sobre o estado da governação dos povos na segunda década do Século XXI. São dez minutos de luz, para quem quiser ser iluminado.
É verdade que a maioria dos cidadãos no Ocidente ainda acredita que os estados defendem os direitos dos povos que regem, que promovem a sua prosperidade e trabalham para o bem geral. É verdade que a maior parte dos eleitores ainda julga que vive no contexto de democracias participadas, que salvaguardam o estado de direito e o livre arbítrio. É verdade que uma larga faixa estatística dos contribuintes ainda crê que não está a ser roubado, que o seu dinheiro não serve quase exclusivamente para enriquecer as oligarquias corporativas e as burocracias regimentais que, em nome de falsas ameaças ou vãs promessas, comandam os destinos das nações. É verdade que todos estes milhões de servos do sistema não podiam estar mais enganados.
Somos hoje governados por interesses que não são os nossos, manipulados por ambições que não nos servem, alienados por tecnologias que nos aviltam e diminuem, jogados uns contra os outros por razões fabricadas, envergonhados pela distorção da história, iludidos pelas máquinas de propaganda, normalizados pelas universidades e pelas indústrias de entretenimento, espoliados ao abrigo de uma visão distópica da sociedade, equalizados como gado, categorizados como mercadorias, testados como ratos de laboratório e cegos como morcegos expostos ao clarão solar.
E é complicado sair dessa tenebrosa caverna socrática. É difícil pensar o impensável. É um processo árduo o de abrir os olhos e perceber o jugo, a mentira, o mal absoluto. É uma escalada impossivelmente íngreme, a da ascensão à verdade. Será até traumático para aqueles que se julgam protegidos, privilegiados e assistidos; para aqueles que vivem bem na servidão, que estão satisfeitos com a irrealidade que lhes é fornecida no telejornal, que tiram prazer da hipnose.
Mas ninguém disse, nem Cristo, que a redenção era fácil.
Relacionados
18 Out 24
Entrevista da Fox News pode ter feito a Kamala o que o debate com Trump fez a Biden.
A entrevista de Kamala à Fox News, a primeira que não foi conduzida por um clube de fãs, correu como era expectável: desastrosamente. Já não há como negar que a rapariga é paralítica do cérebro e que não convence ninguém que esteja no seu perfeito juízo.
17 Out 24
Só fraude ou balas tiram Trump da presidência.
Walter Biancardine escreve sobre o aparente favoritismo de Donald Trump para vencer as eleições de Novembro, que só poderá ser contrariado pelo seu assassinato ou por uma repetição da fraudulenta madrugada de Novembro de 2020.
17 Out 24
EUA: 158 representantes democratas votaram contra a deportação de imigrantes ilegais condenados por crimes sexuais.
A maioria dos democratas da Câmara dos Representantes votou contra um projecto-lei que prevê a deportação de imigrantes ilegais que cometam crimes de natureza sexual nos EUA. Que justificação pode ter este comportamento, para além da vontade clara de destruição social?
17 Out 24
Eurodeputado alemão dos Verdes pede a prisão de Viktor Orbán.
O eurodeputado Daniel Freund, que é famoso pela sua obsessão por Orbán, está a ficar cada vez mais desequilibrado, à medida que o apoio ao seu partido vai caindo na Alemanha. Agora, quer que Orbán seja preso. Pelo crime de pensar diferente.
17 Out 24
O pesadelo da imprensa corporativa: JD Vance não brinca em serviço.
O candidato republicano à vice-presidência parece divertir-se deveras enquanto procede, com tranquilidade e presença de espírito, à demolição das falsas premissas da imprensa corporativa. Devemos aprender com ele.
16 Out 24
Kamala Harris é demasiado estúpida para ser Presidente.
Os democratas americanos já votaram em candidatos fracos e dementes. Agora, vão votar numa imbecil que não consegue produzir uma ideia sólida sobre o país ou uma visão coerente sobre o mundo. Não faz mal. O que importa é que Trump não ganhe.