Os espanhóis vão começar a sofrer na pele, literalmente, as consequências do Great Reset e da cruzada pela integridade das fronteiras da Ucrânia.

De forma a reduzir o consumo de electricidade e as importações de energia russa, o governo socialista espanhol fez aprovar um decreto-lei que proíbe a utilização de ar condicionado abaixo dos 27º centígrados no Verão e dos 19º centígrados no Inverno, na generalidade dos espaços públicos interiores.

Restaurantes, bares, lojas, centros comerciais e grandes superfícies, hotéis, teatros, cinemas, aeroportos e transportes públicos: considerando as altas temperaturas que incidem no território espanhol durante o Verão, haverá poucos locais de convergência que não se transformem rapidamente num inferno.

As multas aplicadas aos encalorados – ou enregelados – prevaricadores podem atingir os 600 mil euros!

 

 

É claro que o decreto-lei é inconstitucional, viola uma quantidade enorme de leis laborais e de segurança no trabalho, já para não falar dos mais elementares princípios de saúde pública. Mas que interessam esses detalhes quando o que está em jogo é a integridade sacrossanta das fronteiras da Ucrânia, um país de importância estratégica para os interesses espanhóis que deve estar muito perto do zero absoluto.

As consequências que esta iniciativa de carácter abertamente totalitário e ilegal vão ter na economia espanhola estão por determinar, claro, mas é fácil prever a ruína do pequeno comércio, por exemplo, já comático depois das absurdas e ineficazes políticas de combate ao Covid-19.

As “autoridades” recomendam também que os cidadãos cumpram estas regras de utilização do ar condicionado nas suas casas, e o que hoje é uma recomendação pode passar a imposição num instante, embora não se saiba bem como é que o governo espanhol vai controlar o cumprimento desse potencial mandato, que para além de tudo o mais seria de fascismo recordista na história do Ocidente.

Isto embora medidas de restrição energética a inquilinos já estejam a ser implementadas na Alemanha, com a prestimosa colaboração dos senhorios. Em Itália, o governo prepara-se também para seguir o exemplo espanhol, embora a restrição à utilização do ar condicionado se fique por temperaturas abaixo dos 25º centígrados.

A meta de redução de 7% de consumo de energia na Europa, que está por trás de todas estas restrições, é na verdade apenas um ensaio que anuncia as medidas ainda mais draconianas que os estados vão ter que impor às populações para cumprirem as políticas de emissão zero que a União Europeia tem em agenda para “salvar o planeta”.

O controlo totalitário dos cidadãos no Ocidente, que foi activado a propósito do Covid-19, vai ganhando intensidade, agora por causa da Ucrânia, depois para combater as alterações climáticas e a seguir por qualquer outra fraudulenta razão. Uma vez colocado em marcha, o processo de tomada de poder pelas oligarquias, que o Great Reset exige, vai ser difícil de travar.