A Europa trava hoje uma das mais decisivas batalhas desde os tempos das Cruzadas e o que está em jogo é sua existência, bem como a sobrevivência de toda a civilização ocidental. E esta luta, creiam, deve-se à ausência do desejo de procriar – sim, ter filhos; criá-los e deixar herdeiros, com todos os bônus e ônus de tal decisão.
Os últimos estudos e estatísticas divulgados pela União Europeia apontam que a quase totalidade dos homens e mulheres, em torno dos 30 anos de idade, não querem nem planejam ter filhos e isso tem se refletido em índices preocupantes: no ano de 2023, apenas 3,6 milhões de nascimentos foram registrados, em todos os 27 países da UE – uma terrível e histórica marca, ainda mais contando com o fato da mesma ter sido registrada em tempos de paz e sem catástrofes naturais.
Nos anos 60, os casais europeus tinham 2,6 filhos enquanto no ano de 2022 este índice decaiu para 1,46 e, ano passado, despencou 5,5% da taxa anterior. Na Itália – teoricamente uma terra de homens garbosos e mulheres fogosas – a média pífia é de 1,24 filhos por casal. Na Espanha – outra localidade conhecida pelas mesmas e teóricas características humanas – os números são ainda menores: 1,16 filhos. Já na gélida Alemanha surpreendemo-nos com 1,46 filhos, mas isso não significa uma testosterona germânica em ação, pois apenas não mencionei que foram computados os números da imigração islâmica, em tais e marotas estatísticas. Vale notar que tal quadro é tão grave, nas terras do Kaiser Wilhelm, que na cidade de Hamburg é difícil encontrarmos alemães hoje. A absoluta maioria da população deita-se em tapetes, 496 vezes ao dia, para rezar para Allah.
A grande verdade é que os jovens não querem filhos, pois não cresceram nem saíram da casa dos pais. E crianças não pensam em ter crianças, entretidos que estão em seus infindáveis videogames e com pensamento fixo e egoístico em suas carreiras, viagens, carros elétricos e “realização pessoal” – seja lá o que isso signifique.
Pequerruchos são vistos como “fardos” a carregar, não como as bênçãos que são – herdeiros do nome, valores, princípios e até das profissões dos pais. A atual geração prefere adotar “pets” (a maldita expressão “pai de pet” ou “tutor” – ambas ignominiosas) e nada conseguem enxergar além de seus próprios umbigos, devidamente fotografados para o Instagram. Para piorar, desprezam as gerações mais velhas com seus casamentos duradouros e fileira de filhos, tidos como incompatíveis e anacrônicos aos dias atuais.
Cerca de 80% de tais adultos infantilóides – entre 20 e 29 anos de idade – ainda vivem com os pais, em seus quartos de criança e cercados de suas bugingangas, datadas de antiquíssimos aniversários e natais, em países como Espanha, Itália e Grécia. Não amadurecem, não crescem e despovoam seus países, facilitando sobremaneira o domínio muçulmano (há tantos anos planejado e agora triunfante), além de causar um enorme deficit previdenciário: em um país sem maioria jovem, não há como sustentar minorias de velhos.
Alegam que o preço dos aluguéis, bem como dos imóveis em geral, orçam ao nível do absurdo; o custo de vida em Euros é massacrante bem como seus empregos não oferecem nenhuma perspectiva de estabilidade e segurança. Outros, mais objetivos, creem que o mundo (leia-se “esta civilização”) irá acabar em breve e não querem colocar crianças em meio a este caos vindouro.
Já a OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico – aponta, vagamente e com muito açúcar e afeto, que “cadeia de crises globais aumentaram a insegurança dos jovens, fazendo com que os mesmos adiem a decisão de ter filhos”. E se é baseado em informes com tal precisão que os europeus tomam suas decisões, o futuro do continente será, realmente, sinistro.
A verdade é que, sem a absurda imigração, a população da União Europeia já teria até mesmo diminuído. Africanos, árabes e até ucranianos refugiados de guerra preencheram e superlotaram o vazio deixado por gerações de europeus infantis e emasculados, permitindo que qualquer um conclua estar próximo o fim da Europa, como unidade cultural e étnica.
Sem crianças, o continente e a civilização não sobreviverão e cairão nas mãos islâmicas, conforme sobejamente divulgado por eles mesmos.
Para finalizar, um lembrete: no ano de 2023, na Inglaterra, o nome mais registrado para recém-nascidos foi “Mohammed”.
Recomenda-se ao velho continente, berço de nossa civilização, o uso intensivo de Viagra e a abolição de anticoncepcionais.
Urgentemente.
WALTER BIANCARDINE
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Walter Biancardine foi aluno de Olavo de Carvalho, é analista político, jornalista (Diário Cabofriense, Rede Lagos TV, Rádio Ondas Fm) e blogger; foi funcionário da OEA – Organização dos Estados Americanos.
As opiniões do autor não reflectem necessariamente a posição do ContraCultura.
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