Abu Mohammad al-Julani, o terrorista procurado e líder de facto da Síria após a queda de Bashar al-Assad, declarou em 2018 que sua organização Hayʼat Tahrir al-Sham (HTS) – uma reformulação da al-Nusra, um braço da Al-Qaeda – pretendia tomar não apenas Damasco, mas também Jerusalém.
Num vídeo divulgado quando as forças de Assad estavam a ganhar vantagem sobre as várias facções rebeldes, al-Julani disse aos seus seguidores:
“A derrota de uma aldeia para outra não tem qualquer significado. Os nossos objectivos são muito mais ambiciosos do que isso… É uma guerra de ideias, uma guerra de mentes, uma guerra de vontade, uma guerra de determinação. Temos de usar tudo o que temos para proteger os sunitas.”
Este é um mau sinal para a minoria alauíta de onde al-Assad provinha, bem como para os cristãos sírios, drusos e outras minorias, agora que al-Julani tomou o poder. Mas as ambições do terrorista não ficam por aqui:
“Se Alá quiser, não chegaremos apenas a Damasco. Jerusalém também nos espera. Cada bala que dispararmos aqui vai repercutir-se em todo o mundo islâmico. O vosso lugar como combatentes da Jihad nesta terra abençoada é, por si só, uma graça de Alá, que vos escolheu de entre milhares de milhões de pessoas.”
O líder israelita Benjamin Netanyahu assumiu os louros da expulsão de Assad por al-Julani e parece considerar a ascensão do HTS um acontecimento positivo, uma vez que eliminou um rival regional e enfraqueceu os seus antigos aliados, o Hezbollah e o Irão. A Mossad terá estado envolvida no apoio do Ocidente ao HTS e Israel já ocupou alguns territórios fronteiriços da Síria, logo que o regime de al-Assad caiu.
Durante a ofensiva jihadista na Síria, guerrilheiros do movimento insurrecto diziam aos jornalistas que “amavam Israel”.
No entanto, sendo que “al-Julani” é um nome de guerra que faz referência aos Montes Golã ocupados por Israel, e tendo em conta as anteriores observações de líder jihadista sobre Jerusalém, os israelitas vão perceber rapidamente que estes terroristas islâmicos, que também foram apoiados pela Turquia, são uma ameaça maior do que aquela representada por al-Assad.
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