Depois do espectáculo satânico com que a França de Emmanuel Macron decidiu presentear a audiência global, as reacções críticas sucederam-se, numa onda de indignação que até permeou certos sectores da extrema-esquerda, facto o que ilustra bem o apogeu aberrante a que chegou a cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris.
Líderes políticos criticam a cerimónia: “Que nojo”.
Responsáveis políticos de todo o mundo denunciaram a cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris, depois de drag queens e transexuais, na inevitável presença de crianças que também figuravam no ‘espectáculo’, terem apresentado uma recriação degenerada de quadro de Leonardo DaVinci, a Última Ceia, que retrata a derradeira refeição de Jesus com os seus apóstolos.
O speaker da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, escreveu num post no X.
“O escárnio da Última Ceia, ontem à noite, foi chocante e insultuoso para os cristãos de todo o mundo que assistiram à cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos. A guerra contra a nossa fé e os valores tradicionais não tem limites hoje em dia. Mas sabemos que a verdade e a virtude prevalecerão sempre”.
O speaker republicano, que de qualquer forma participou e patrocinou recentemente uma iniciativa legislativa que ilegaliza certas passagens do Novo Testamento, citou ainda o versículo bíblico João 1:15, que diz:
“A luz brilha nas trevas, e as trevas não a vencerão”.
Last night’s mockery of the Last Supper was shocking and insulting to Christian people around the world who watched the opening ceremony of the Olympic Games.
The war on our faith and traditional values knows no bounds today. But we know that truth and virtue will always… pic.twitter.com/s88c9ymG9j
— Speaker Mike Johnson (@SpeakerJohnson) July 27, 2024
A deputada Marjorie Taylor Greene, R-Ga., também utilizou a plataforma das redes sociais para manifestar a sua oposição à cerimónia de abertura e aos reponsáveis pelo degradante ‘espetáculo’.
“O Comité Olímpico Francês tem trabalhado arduamente para retirar os vídeos das suas cerimónias de abertura satânicas, trans e ocultas, alegando leis de direitos de autor. É nosso direito de primeira emenda partilhar estes vídeos e a nossa indignação com as cerimónias de abertura olímpicas anti-cristãs.”
The French Olympic Committee has been hard at work taking down videos of their satanic, trans, and occult opening ceremonies claiming copyright laws.
It’s our first amendment right to share these videos and our outright outrage over the anti-Christian Olympic opening ceremonies.
— Rep. Marjorie Taylor Greene🇺🇸 (@RepMTG) July 27, 2024
O vice-primeiro-ministro italiano, Matteo Salvini, publicou uma imagem das drag queens sobre outra imagem da Última Ceia, criticando o acto:
“Abrir os Jogos Olímpicos insultando milhares de milhões de cristãos em todo o mundo foi um péssimo começo, caros franceses. Que nojo”.
Aprire le Olimpiadi insultando miliardi di Cristiani nel mondo è stato davvero un pessimo inizio, cari francesi. Squallidi. #Paris2024 pic.twitter.com/3RpNvUundd
— Matteo Salvini (@matteosalvinimi) July 27, 2024
O embaixador da Hungria no Vaticano, Eduard Habsburg, fez uma referência à decapitação de Maria Antonieta, dizendo:
“… porque decapitar Habsburgos e ridicularizar eventos cristãos centrais são realmente as duas PRIMEIRAS coisas que vêm à mente quando se pensa nos Jogos Olímpicos”.
Marion Marechal, a deputada francesa populista do Parlamento Europeu, comentou no X:
“A todos os cristãos do mundo que estão a assistir à cerimónia #Paris2024 e que se sentiram insultados por esta paródia drag queen da Última Ceia, saibam que não é a França que está a falar, mas sim uma minoria de esquerda pronta para qualquer provocação”.
Até Jean-Luc Melenchon, líder do partido de extrema-esquerda La France insoumise, se mostrou crítico da cerimónia:
“Não gostei da zombaria da Última Ceia cristã, a última refeição de Cristo e dos seus discípulos, que é a base do culto dominical. Para que é que serve correr o risco de ofender os crentes? Mesmo quando se é anticlerical! Estávamos a falar ao mundo nessa noite. Entre os mil milhões de cristãos do mundo, quantas pessoas boas e honestas existem para quem a fé ajuda a viver e a saber participar na vida de todos, sem incomodar ninguém?”
O clero e a sociedade civil não esconderam a indignação.
Para além das figuras da política, muitos líderes de opinião e clérigos manifestaram o seu desagrado em relação ao festival luciferiano:
Piers Morgan, publicou uma imagem das drag queens alinhadas ao longo de uma mesa, perguntando:
“Mas que raio foi isto?” “Uma zombaria drag queen da Última Ceia nos Jogos Olímpicos? Teriam eles gozado com qualquer outra religião desta forma? Decisão terrível.”
Num outro post, escreveu:
“A fúria não é surpreendente. Imaginem se tivessem gozado com o Islão desta forma.”
O fundador da Tesla, Elon Musk, que comprou a plataforma X, também criticou o exibicionismo woke, dizendo:
“Isto foi extremamente desrespeitoso para com os cristãos”.
A Igreja Católica de França expressou a sua desaprovação, afirmando na sua conta do X:
“Infelizmente, esta cerimónia continha cenas que troçavam do cristianismo, o que lamentamos profundamente”.
A controvérsia levou a empresa tecnológica norte-americana C Spire a retirar os seus anúncios dos Jogos Olímpicos.
Numa declaração no X, a C Spire afirmou:
“Ficámos chocados com a zombaria da Última Ceia durante as cerimónias de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris. A C Spire vai retirar a sua publicidade dos Jogos Olímpicos”.
Os críticos argumentam que o espetcáculo promoveu a propaganda LGBT e insultou as sensibilidades religiosas. O advogado francês Fabrice di Vizio anunciou a intenção de apresentar uma queixa contra o espetáculo, declarando:
“Como católico, juro perante Deus que vou apresentar queixa. Fá-lo-ei a partir de segunda-feira e convido todos os cristãos a acompanharem-me para fazer face aos danos espirituais que sofremos”.
O Bispo Robert Barron, de Winona-Rochester, Minnesota, também criticou a cerimónia, chamando à actuação
“Uma espécie de escárnio nojento e arrogante. A França sentiu, evidentemente, que ao tentar dar o seu melhor em termos culturais, a coisa certa a fazer era gozar com este momento central do Cristianismo, em que Jesus, na Sua Última Ceia, dá o Seu corpo e sangue em antecipação da cruz. E, por isso, é apresentado como uma espécie de escárnio grosseiro e irreverente”.
O Conselho das Igrejas do Médio Oriente condenou a abominação, declarando:
“Com muito amor misturado com espanto e desaprovação, vimos o que aconteceu durante a cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos em França, o escárnio do mistério dos mistérios no Cristianismo, e o que é sagrado para milhares de milhões de pessoas em todo o mundo. Isto indica uma completa ignorância dos conceitos de liberdade e dignidade humana, e é uma questão muito preocupante para o futuro da humanidade”.
O Arcebispo Charles Scicluna de Malta, que também é secretário adjunto do Dicastério para a Doutrina da Fé da Santa Sé, juntou-se aa coro de críticas, expressando a sua consternação numa publicação nas redes sociais no sábado e revelando que tinha comunicado a sua angústia ao embaixador francês em Malta.
A Al-Azhar do Egipto, a mais alta sede do ensino muçulmano sunita, condenou num comunicado as “cenas insultuosas” de Jesus Cristo durante a cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos em Paris.
Estas cenas retratam Jesus Cristo de uma forma ofensiva, desrespeitando a sua pessoa honrada e o elevado estatuto de profecia de uma forma bárbara e imprudente que não respeita os sentimentos dos crentes nas religiões e a moral e valores humanos elevados”.
O incidente suscitou um debate generalizado sobre o respeito pelas crenças religiosas e pela expressão artística em grandes eventos internacionais como os Jogos Olímpicos.
O Comité Olímpico Internacional apresentou no domingo um muito pouco convincente pedido de desculpas na sequência das queixas sobre o incidente. Anne Descamps, porta-voz do Paris 2024, afirmou numa conferência de imprensa:
“É evidente que nunca houve intenção de desrespeitar qualquer grupo religioso. Pelo contrário, a nossa intenção era mostrar tolerância e comunidade. Se as pessoas se sentiram ofendidas, pedimos desculpa”.
Mas é mais que evidente que o espectáculo foi criado precisamente para ofender e humilhar os cristãos.
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