Joe Biden reiterou o seu compromisso de permanecer na corrida para a reeleição, apesar de reconhecer o seu desempenho desastroso no debate contra o ex-presidente Donald J. Trump na semana passada. Numa conferência online na quarta-feira, o homem de 81 anos afirmou:

“Estou a concorrer. Não me vou embora. Estou nesta corrida até ao fim e vamos ganhar”.

 

Perante relatos de “moral muito baixa” entre o pessoal da Casa Branca e da campanha, Biden e a vice-presidente Kamala Harris procuraram tranquilizar os seus apoiantes e doadores. Entretanto, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, abordou as preocupações sobre o desempenho de Biden no debate durante a conferência de imprensa de quarta-feira, admitindo que “não foi uma grande noite”. No entanto, garantiu que Biden não tem qualquer intenção de se demitir do cargo ou de abandonar a corrida.

Jean-Pierre rejeitou as perguntas sobre a o estado cognitivo de Biden, atribuindo o seu fraco desempenho no debate ao jet lag e ao cansaço. Biden passou oito dias em Camp David a preparar-se para o debate de quinta-feira passada com Trump, depois de ter regressado aos Estados Unidos da cimeira do G7 na Europa, a 15 de junho. O Debate aconteceu a 27 desse mês… A simples confissão de que 12 dias não chegam para que o Presidente dos Estados Unidos recupere de umas viagens transcontinentais no conforto do Air Force One, é, por si só, elucidativa sobre a sua capacidade operacional.

 

 

Apesar da insistência de Biden em continuar a sua campanha para a reeleição, a oposição à sua candidatura dentro do Partido Democrata está a crescer. Na segunda-feira, o deputado Lloyd Doggett (D-TX) tornou-se o primeiro legislador democrata no Capitólio a apelar à renúncia do octagenário. A Doggett juntou-se mais tarde o deputado Raúl Grijalva (D-AZ). Até à convenção democrata, em Agosto, é provável que o convençam – e à mulher dele – a mudar de ideias.

Uma sondagem do New York Times divulgada na quarta-feira coloca Trump seis pontos à frente de Biden, sugerindo que a disputa presidencial está a fugir ao titular de 81 anos.

Entretanto, o The Economist, que andou com Biden ao colo nos últimos 4 anos, acaba de publicar esta obra ao negro: