Após dois anos de negociações, os 194 estados membros da Organização Mundial de Saúde (OMS) revelaram-se incapazes de chegar a um consenso sobre o seu infame e controverso “Tratado Pandémico”.
Graças a Deus.
O tratado destinava-se originalmente a reunir recursos e conhecimentos sobre uma eventual situação pandémica e a centralizar a gestão – incluindo decisões juridicamente vinculativas sobre confinamentos, programas e passaportes de vacinação, encerramento de fronteiras, e outras medidas – conferindo um poder sem precedentes a funcionários não eleitos da OMS.
Vários países, bem como eurodeputados individuais e políticos nacionais, resistiram e fizeram campanha contra a suposta tomada de poder pela agência da ONU. No início deste mês, o antigo líder do UKIP e do Brexit, Nigel Farage, juntou-se à Acção sobre a Saúde Mundial (AWH) nos seus esforços para impedir o tratado, chegando ao ponto de recomendar que a Grã-Bretanha abandonasse a OMS em vez de cumprir as medidas do tratado.
Uma versão diluída e vagamente formulada do tratado foi finalmente apresentada, após pressão pública para a salvaguarda das soberanias nacionais. Mesmo assim, os especialistas alertaram que o tratado abriria as portas para uma tomada de poder mais opaca e gradual, se fosse adoptado.
A organização sediada na ONU estabeleceu o objectivo de adoptar formalmente o pacto na sua reunião anual em Genebra esta semana, mas falhou nesse intento. Na conclusão das conversações fracassadas, o chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, dirigiu-se aos delegados, dizendo:
“Isto não é um fracasso. Tentaremos tudo – acreditando que tudo é possível – e faremos com que aconteça porque o mundo ainda precisa de um tratado pandémico.”
O eurodeputado holandês Rob Roos (Conservadores e Reformistas Europeus) fez campanha contra o tratado em todo o mundo. Roos argumenta que o Pacto transferiria demasiado poder para a China e para os lobistas das “grandes empresas farmacêuticas”, enquanto os cidadãos comuns perderiam os seus direitos democráticos para um executivo da OMS que não pode ser escrutinado por votação.
Roos alertou para um ganho de poder das forças globalistas e das grandes farmacêuticas e para o desvario de implementar uma política comum em diferentes países:
“Estes são actores globais com enormes interesses geopolíticos e financeiros. E quem paga, decide. Durante uma pandemia, a melhor abordagem não será a mesma em todos os lugares. Pensamos nas diferenças culturais, mas também na densidade populacional, ou em como o equilíbrio adequado entre risco e liberdade é visto em cada cultura.”
Os apoiantes da terrível ideia alegaram que o Pacto acabaria com as respostas descoordenadas a futuras pandemias – citando a experiência da Covid-19 – e garantiria que todos os signatários da OMS teriam acesso igual a máscaras, medicamentos e vacinas.
Mas é precisamente considerando o desastrado, pseudocientífico, corrupto e autoritário papel da organização durante a gripe chinesa que os povos da Terra não devem depositar qualquer confiança na OMS para gerir situações deste género.
Ainda assim, Ghebreyesus disse que o trabalho para conseguir a aceitação do tratado continuará no futuro.
“É claro que todos gostaríamos de ter conseguido chegar a um consenso sobre o acordo a tempo para esta assembleia e cruzar a linha de chegada. Mas continuo confiante de que ainda o faremos, porque onde há vontade, há um caminho.”
Os factores que dividiram os diplomatas durante as negociações não foram divulgados oficialmente com exactidão, mas foram citados problemas decorrentes da partilha de informações sobre os agentes patogénicos emergentes e as tecnologias para os combater, bem como a proposta de que a OMS obtivesse 20% de todos os produtos relacionados com a pandemia (tais como testes, tratamentos e vacinas) que os países têm em stock, ao mesmo tempo que os instava a divulgar os seus acordos com empresas privadas.
Portanto: não foram propriamente as preocupações com o deficit democrático da OMS e a soberania das nações que dificultou o acordo, mas questões relacionadas com a economia das pandemias e os programas secretos de desenvolvimento de armas biológicas.
Seja como for, e mesmo que pelas razões erradas, é uma excelente notícia que, pelo menos por enquanto, o “Tratado Pandémico” tenha sido chumbado.
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