O senador Lindsey Graham (R-SC) exortou Israel a “fazer o que for preciso” para acabar com a guerra em Gaza, tal como os EUA acabaram com a guerra com o Japão bombardeando Hiroshima e Nagasaki.
Em declarações ao programa Meet the Press, da NBC News, Graham afirmou:
“Este é o Mês da Memória do Holocausto, por amor de Deus! Devemos apoiar inequivocamente Israel!”
E acrescentou, para espanto de qualquer pessoa de bem:
“Quando fomos confrontados com a destruição como nação depois de Pearl Harbor, lutando contra os alemães e os japoneses, decidimos terminar a guerra com o bombardeamento de Hiroshima e Nagasaki com armas nucleares. Essa foi a decisão certa. Dêem a Israel as bombas de que precisa para acabar com a guerra. Eles não podem dar-se ao luxo de perder”.
Lindsey Graham went more berserk than usual today, screaming about the Holocaust and how Israel should do exactly what the US did in Hiroshima and Nagasaki. “The Republican Party is with Israel, without apology!” he declares, expressing profound relief that Trump heartily agrees pic.twitter.com/FP0h7GiGXV
— Michael Tracey (@mtracey) May 12, 2024
Questionado pela moderadora Kristen Welker sobre a razão pela qual não houve problema no facto do Presidente Ronald Reagan recusar certas armas a Israel durante a guerra no Líbano na década de 1980, mas é agora problemático que Biden possa fazê-lo, Graham voltou a referir a Segunda Guerra Mundial e a solução nuclear para acabar com o conflito:
“Posso dizer isto? Porque é que a América não teve problemas em lançar duas bombas nucleares sobre Hiroshima e Nagasaki para acabar com a sua ameaça existencial da guerra? Por que é que não houve problema quando fizemos isso isso? Penso que não houve problema. Por isso, Israel que faça o que tiver de fazer para sobreviver como Estado judeu. Façam o que tiverem de fazer!”.
Welker ripostou, dizendo a Graham que certos oficiais militares dos EUA dizem que a tecnologia mudou muito desde a Segunda Guerra Mundial, um ponto que ela já tinha feito anteriormente na entrevista. Graham respondeu assim:
“Sim, esses oficiais militares de que está a falar só dizem tretas”.
Esta é a mesma defesa bizarra de Israel que o general Mark Milley fez no início da semana, com o seu argumento confessional de que os EUA
“também massacraram pessoas inocentes em grande número”.
Portanto, a ideia é: Como os americanos mataram centenas de milhares de japoneses civis com duas bombas atómicas para acabar com a guerra no Pacifico, os sionistas também podem fazer o mesmo em Gaza.
Para além do paralelismo moralmente aberrante, as duas circunstâncias são, obviamente, incomparáveis.
Há apenas alguns meses, Graham disse que não votaria para dar a Israel “um cêntimo” até que a fronteira dos Estados Unidos estivesse segura, mas depois votou a favor do pacote de doações de 95 mil milhões de dólares divididos entre Israel e a Ucrânia, que incluía zero dólares para garantir a segurança fronteiriça da federação.
Agora está a exigir que os EUA enviem a Israel uma quantidade infinita de armas e a encorajá-los a considerar a utilização de engenhos nucleares.
É por estas e por outras que o Contra argumenta: Os EUA, com particular incidência em Washington e no Capitólio, é o verdadeiro eixo do mal dos tempos que correm ensandecidos.
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