Cientistas norte-americanos receiam que a Doença Emaciante Crónica dos Cervídeos (DEC) possa sofrer mutações e infectar os seres humanos. As consequências seriam catastróficas.
Popularmente conhecida como “doença do veado zombie”, a patologia neurodegenerativa é transmissível e altamente infecciosa, e está a circular em populações de cervídeos selvagens e de criação, incluindo veados, alces e renas no norte da Europa e da América.
Michael Osterholm, um especialista em doenças infecciosas da Universidade de Minnesota, afirmou sobre a possibilidade da doença se transmitir aos humanos:
“A mensagem final é que não estamos preparados. E se houvesse uma epidemia neste momento, estaríamos em queda livre. Não há planos de contingência para o que fazer ou como fazer o acompanhamento”.
A doença – que é 100% fatal e não tem cura – danifica partes do cérebro e normalmente causa perda progressiva da condição corporal, alterações comportamentais, salivação excessiva e morte.
A forma mais provável de os seres humanos contraírem a doença é através do consumo de carne de veado infectada – a mesma forma como a encefalopatia espongiforme bovina, mais conhecida como “doença das vacas loucas” se propagou aos seres humanos e criou uma nova forma de patologia priónica humana, a doença de Creutzfeldt-Jakob. Embora se estime que os humanos consumam anualmente 15.000 veados e alces infectados, tal ainda não aconteceu.
Embora a doença das vacas loucas não seja transmissível de humano para humano, estudos indicam que a “doença do veado zombie” pode ser diferente. Sabine Gilch, investigadora da Universidade de Calgary, no Canadá, e a sua equipa injectaram a doença em ratos “humanizados”. Os ratos desenvolveram a patologia e apresentaram priões infecciosos nas fezes. Gilch conclui que:
“A implicação é que a DEC em humanos pode ser contagiosa e transmitir-se de pessoa para pessoa”.
A DEC pode afectar várias espécies de cervídeos, tanto selvagens como mantidos em cativeiro, e foi identificada pela primeira vez em 1967, num centro de investigação no Colorado, Estados Unidos da América, num veado-mula (Odocoileus hemionus hemionus). De natureza contagiosa, a doença disseminou-se pelo território da América do Norte e actualmente encontra-se presente em 26 estados dos EUA, 3 províncias do Canadá e vários países do Norte da Europa.
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