A nova lei da energia britânica poderá levar os cidadãos à prisão por não cumprirem religiosamente os regulamentos do culto Net Zero.

As empresas e os proprietários de casas no Reino Unido podem ser presos até um ano ou multados em 15.000 libras por não cumprirem os novos regulamentos de eficiência energética propostos pelo governo conservador, que foram descritos pelos críticos como uma “expansão massiva do poder do estado sobre as nossas vidas”.

No mínimo.

O projecto-lei da energia, que voltou ao parlamento para a sua terceira revisão esta semana, define vários novos requisitos que os proprietários de casas devem cumprir em relação às metas Net Zero, o compromisso do governo britânico de tornar a nação neutra em termos de emissões de carbono até 2050.

Pela primeira vez em terras de sua Majestade o Rei WEF, os indivíduos podem ser objecto de acusações criminais por não cumprirem as medidas destinadas a reduzir a pegada de carbono do país.

Este bocado de legislação saída do inferno chega ao ponto de permitir que as energéticas britânicas, apoiadas pela polícia que pode usar “força razoável”, invadam as casas das pessoas para instalar “contadores inteligentes”.

Outro desses draconianos regulamentos estabelece que os electrodomésticos, como frigoríficos, máquinas de lavar roupa e aquecimentos, devem estar equipados com funções inteligentes que possam ser controladas por “quaisquer pessoas que efectuem o controlo de carga”, nomeadamente a National Grid, que supervisiona a maior parte da transmissão e distribuição de electricidade na Grã-Bretanha.

 

 

A grande maioria dos agregados familiares do país não cumprirá as novas medidas previstas no projecto de lei, o que significa que os proprietários serão obrigados a pagar somas significativas para transformar as suas propriedades e torná-las “eficientes em termos energéticos” ou poderão enfrentar acusações criminais por “não conformidade”.

O projecto-lei, que é originário, importa sublinhar, da bancada conservadora do parlamento, irritou uma série de deputados conservadores dissidentes, que ameaçaram rebelar-se contra a legislação, que consideram excessiva e produto da obsessão do governo com o Net Zero. Ainda assim, as críticas perante a manifestação de autoritarismo governamental absolutamente recordista não deixam de pecar por serem tímidas e meio envergonhadas. Por exemplo, Richard Drax, o deputado conservador de South Dorset, quase não conseguia dizer isto:

“Não podemos empobrecer o nosso país para ir ao encontro de uma política que é, bem, gostaria de lhe chamar, em alguns casos, quase de culto, enquanto não a pudermos pagar. Só nessa altura é que penso que devemos adoptar todas estas políticas”.

Reparem bem: o deputado não diz que um projecto-lei altamente intrusivo, que viola os princípios mais básicos da propriedade privada e que, em nome do mito do apocalipse climático estabelece uma plataforma fascista sobre toda a sociedade britânica, está errado ou é simplesmente ilegítimo. O que diz é que esta não é a altura certa para fascizar os cidadãos. A questão será assim mais económica que moral ou constitucional.

É espantoso.

Outros porém conseguiram ir um pouco mais longe, como o deputado conservador Craig Mackinlay, que disse aos Comuns:

“Tenho de dizer que desprezo absolutamente este projetco-lei. Vai ser a primeira vez que estamos a criminalizar pessoas neste país por não aderirem a este novo código de Net Zero”.

O deputado exortou o governo a ter cuidado com a sua proposta de colocar os seus concidadãos na prisão durante um ano “por uma infração sem precedentes relacionada com o Net Zero”. Em declarações à GB News, Mackinlay reforçou o seu ponto de vista:

“Sou um conservador que defende a liberdade e não o encarceramento de pessoas por não aderirem a esta religião do Net Zero”.

 

 

Sir John Redwood, mais diplomaticamente, expressou a sua preocupação de que “ao ser indevidamente restritivo e particularmente pela ameaça de sanções civis e mesmo criminais sobre algumas condutas”, o governo arrisca-se a “antagonizar” o público em geral.

Também calçando luvas de veludo, para tratar um assunto que merecia luvas de boxe, Jacob Rees-Mogg, o  Secretário de Estado dos Negócios, Energia e Estratégia Industrial de Boris Johnson, lá conseguiu esboçar um protesto:

“Através deste projecto-lei, estamos a criar custos, regulamentação, sanções e obrigações. Precisamos de manter as pessoas connosco e arriscamo-nos a perdê-las se lhes impusermos encargos indevidos”.

Já Nigel Farage foi fiel à sua vocação dissidente:

“Há disposições inacreditáveis neste projecto-lei que permitem a criação de infracções penais se as empresas e os proprietários individuais não cumprirem os novos requisitos energéticos para as suas casas. Parece-me verdadeiramente extraordinário. Poderemos ser processados por fornecer informações falsas sobre a eficiência energética das nossas casas. Esta proposta é uma expansão massiva do poder do Estado sobre as nossas vidas”.

Andrew Bowie, o Ministro da Energia do governo de Risho Sunak, globalista-elitista-corporativista que ninguém elegeu, disse aos seus colegiais que a legislação é “pioneira a nível mundial” e que “irá proporcionar a este país uma energia mais limpa, mais barata e mais segura”.

Tantas mentiras numa frase tão curta. A energia mais barata é a que provém dos combustíveis fósseis. A energia mais limpa é a nuclear. A energia mais segura é a que provém do estado de direito e, no caso britânico, da Magna Carta e da Common Law, que impede as elites de obliterarem direitos naturais como o da propriedade.

Paul Joseph Watson faz o boneco do estado abominável a que as coisas estão a chegar.