Um relatório do Inspetor Geral Especial para a Reconstrução do Afeganistão (SIGAR) observa que o governo Biden doou 2,35 biliões de dólares ao Afeganistão nos últimos dois anos, apesar do país ser agora governado pelos Talibãs que os americanos combateram durante vinte anos e até à desastrosa retirada em 2021.

O Washington Free Beacon revelou detalhes das descobertas do SIGAR na terça-feira passada, observando que os fundos podem estar a sustentar o governo terrorista e parasita dos Talibãs.

O relatório descobriu que aproximadamente 1,7 biliões “permaneciam ainda disponíveis para serem desembolsados pelos EUA” no momento em que foi escrito. O Beacon observa que “é mais do que provável que uma parte considerável desses fundos acabe nos cofres do grupo terrorista”.

Os Talibãs estão a encarar a ajuda internacional como um “fluxo de receita”, de acordo com o relatório, que afirma ainda que o grupo está “confortável em aceitar apoio estrangeiro na medida em que pode monitorar de perto as organizações, incluindo restringi-las e controlá-las, e reivindicar algum crédito pela concessão dos benefícios”.

Estas revelações surgem depois que John Sopko, chefe do SIGAR, ter dito isto ao Comité de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes, em Abril:

“Não posso garantir ao comité ou ao contribuinte americano que não estamos a financiar os Talibãs”

Sopko acusou também o regime Biden de bloquear os seus esforços para saber o que é feito com o dinheiro.

 

 

A estes fundos terão que ser somados os biliões em equipamento militar que o Pentágono deixou no Afeganistão, quando abandonou o país.

O Departamento de Estado da administração Biden, que anteriormente hesitou em criticar o processo de retirada do Afeganistão que a Casa Branca desastradamente orquestrou, divulgou um relatório no mês passado que detalha o fracassado epílogo da presença dos EUA neste país do Médio Oriente.

Durante dois anos, Biden tentou repetidamente esquivar-se da responsabilidade pela retirada precipitada e caótica das tropas, que vai pertencer, para todo o sempre, ao anedotário da história militar da América e que levou à morte de 13 militares dos EUA e ao abandono em linhas inimigas de milhares de americanos, aliados dos EUA e suas famílias.

A revisão não classificada do Departamento de Estado, que tem menos de duas dúzias de páginas devido a extensos segmentos que foram censurados, confirma, embora timidamente, que a execução final da retirada “colocou desafios significativos ao Departamento”.

Entre esses “desafios” estavam as políticas rigorosas em vigor em relação à Covid, o que “significava que alguns novos funcionários da embaixada não conheciam colegas de outros gabinetes até a embaixada ser evacuada para o aeroporto de Cabul”, a “falta de funcionários confirmados pelo Senado no Departamento e nas embaixadas” e a rotatividade diplomática inoportuna.

Simplificando, a pressa de Biden “agravou as dificuldades que o Departamento enfrentou para mitigar a perda dos principais facilitadores das forças armadas”, e a sua falta de planeamento “teve consequências graves para a viabilidade do governo afegão e da sua segurança”.

Enquanto isso, outro pacote de ajuda foi aprovado por Biden para a Ucrânia, totalizando 200 milhões de dólares, elevando as contribuições dos Estados Unidos para o esforço de guerra do regime de Zelensky, para mais de 18 biliões de dólares, só em 2023.

 

 

Uma sondagem recente da CNN descobriu que a maioria dos americanos não concorda com o envio de mais fundos e equipamento militar para a Ucrânia.