Para além do facto consumado de que todos os dias há teorias da conspiração que se comprovam verdadeiras, a actividade frenética das elites globalistas não se cansa de contribuir para a imaginação dos visionários que projectam cenários aparentemente inverosímeis.

Por exemplo: em Outubro de 2019, foi realizado um evento em Nova Iorque que objectivou simular uma pandemia global, resultante de um surto de… Coranavírus. E este exercício foi patrocinado pelo World Economic Forum e a Fundação Bill Gates. Obviamente.

O “Evento 201”, organizado pelo Johns Hopkins Center for Health Security, previa uma epidemia de rápida disseminação, com um impacto devastador.

A simulação abandonava os participantes bem no meio de um surto descontrolado de coronavírus que se estava a disseminar de forma incontrolável na América do Sul e que iria alastrar por todo o mundo. Como narraram os apresentadores fictícios do exercício, o vírus imuno-resistente (apelidado de CAPS) estava a paralisar o comércio e as viagens, levando a economia global à queda livre. A imprensa era vítima de rumores e desinformação, os governos estavam a entrar em colapso e os cidadãos experimentavam o pânico e a revolta.

 

 

Perante a miríade de dificuldades em controlar a epidemia, os participantes no evento – “um grupo de peso de legisladores, líderes empresariais e autoridades de saúde”, ou seja, o grupo alvo de tiranos, magnatas e tecnocratas que fascizou de facto as sociedades ocidentais durante a pandemia real que viria a eclodir uns pouco meses depois – foram assim confrontados com a necessidade de actualizar protocolos e reforçar os sistemas de resposta a catástrofes deste género.

Tom Inglesby, director do Center for Health Security disse na altura:

“Isso realmente abala as suposições e muda o pensamento sobre como nos podemos preparar para uma pandemia global”.

A simulação também demonstrava o valor duradouro de ferramentas educacionais e de defesa, com reencenações ou versões modificadas ocorrendo em ambientes como universidades, o CDC (autoridade médica americana) e o Capitólio, de acordo com Inglesby,

“Estes exercícios têm um pavio longo”.

Para o Evento 201, organizado em colaboração com o WEF e a Fundação Bill & Melinda Gates, os especialistas adicionaram uma nova camada de realismo ao irem além das instância governamentais e das ONGs e integrarem líderes do sector privado e da comunidade empresarial. Os participantes incluíam representantes da NBC Universal, UPS e Johnson & Johnson. Olha quem. Eric Toner, outro quadro do Center for Health Security, disse a este propósito:

“Poucas pessoas incluíram o sector privado na preparação para uma pandemia, mas é onde está a maior parte dos recursos”.

Na simulação,  o vírus CAPS – que Toner descrevia como primo da SARS, “mas um pouco mais transmissível, como a gripe, e um pouco mais letal” – foi apresentado como resistente a qualquer vacina existente, enquanto os cientistas se esforçavam para criar uma. Enquanto isso, os cidadãos protestavam contra o escasso acesso a um antiviral fictício conhecido por tratar alguns sintomas da CAPS.

Esse cenário, disse Toner (e com acerto de adivinho), era totalmente realista:

“Não temos uma vacina para a SARS ou vários vírus da gripe aviária que surgiram na última década. Isso porque o desenvolvimento de vacinas é lento e difícil se não houver um mercado imediato para ela.”

No contexto do exercício, o CAPS resultou num número de mortos de 65 milhões de pessoas em 18 meses – superando aquela que era até aí a pandemia mais mortal da história, a gripe espanhola de 1918. A pandemia real da Covid-19 matou cerca de 7 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo números oficiais.

Logo após a simulação, o Centro divulgou o Índice Global de Segurança em Saúde, a primeira classificação abrangente sobre a preparação das nações para uma pandemia. No geral, o quadro era desanimador: a pontuação média, em 195 países, foi de 40 em 100 possíveis. Inglesby afirmou sobre este números:

“Esperamos que os governos usem isto para avaliar onde são fortes e onde são frágeis”.

Na realidade, os governos mostraram a sua força. E os cidadãos, a sua fragilidade.

Considerando que o Johns Hopkins Center for Health Security já tinha, desde 2001, organizado simulações desta natureza, dedicados a catástrofes climáticas e a pandemias de origem mais “clássica” como a varíola, mas que foi exactamente naquele momento imediatamente antes da eclosão da Covid-19 que decidiu focar-se num surto de coronavírus; considerando as entidades mafiosas que financiaram e evento e considerando a participação de gigantes da indústria farmacêutica como a Johnson & Johnson, que logo depois estiveram envolvidas no rápido desenvolvimento das vacinas, a coincidência é, no mínimo, interessante.

Cada um que tire dela as conclusões que quiser. Ou nenhumas, por sua conta e risco.