Enquanto toda a Europa está a manobrar para se ajustar a um mundo totalmente novo sob o presidente Donald J. Trump – e para se opor às suas políticas e iniciativas – talvez nenhum outro chefe de Estado esteja a mover-se tão freneticamente como o presidente francês Emmanuel Macron.

Líder extremamente impopular e incapaz de resolver os muitos problemas do seu país, Macron nunca perde uma oportunidade de se por em bicos de pés, fazendo de conta que é um estadista importante e fingindo que a França é relevante no panorama geo-político.

Poucos dias depois de ter lançado a sua proposta de “tréguas exploratórias de 30 dias entre a Rússia e a Ucrânia” – uma ideia universalmente rejeitada – Macron foi à televisão para partilhar com os seus compatriotas – e com a multidão de ilegais que acampou no país – uma série de novas ideias belicistas, que seriam perigosas se alguém as levasse a sério.

Durante o discurso de ontem, atacou os EUA e a Rússia, dizendo que o futuro da Europa e a sua segurança “não podem ser decididos em Moscovo ou em Washington”, numa crítica clara ao processo de paz russo-americano.

O presidente francês apelou a um “apoio a longo prazo” ao regime de Zelensky, incluindo o “envio de tropas europeias para a Ucrânia” para fazer cumprir o cessar-fogo, abrindo também a perigosa janela do conflito nuclear com a Rússia:

“Decidi iniciar discussões estratégicas sobre a protecção dos nossos aliados no continente europeu com armas nucleares francesas.”

 

 

Depois de afirmar, mentindo descaradamente, que o impulso para o rearmamento não trará um aumento de impostos para os europeus, o anão Napoleão avisou os franceses para a possibilidade de que os EUA não permaneçam como aliados do seu belicismo histérico.

“Quero acreditar que os EUA vão continuar ao nosso lado, mas temos de nos preparar para o facto de não ser esse o caso. Aconteça o que acontecer, temos de nos equipar mais. Continuamos ligados à NATO, mas temos de reforçar a nossa independência, defesa e segurança.”

Anunciando que planeia realizar uma reunião de todos os chefes do exército europeu em Paris, na próxima semana, para “garantir a paz futura na Ucrânia”, prometeu que a França vai dar “passos decisivos” na cimeira de quinta-feira enquanto demonizava a Rússia, como todos os globalistas adoram fazer.

“A Rússia transformou a guerra da Ucrânia num conflito global. Continua a armar-se, gastando mais de 40% do seu orçamento para esse fim. (…) Até 2030, a Rússia planeia aumentar o seu exército para ter mais 300 mil soldados, mais 3 mil caças a jacto – quem pode acreditar que, neste contexto, a Rússia vai parar na Ucrânia? (…) A Rússia tornou-se e continuará a ser uma ameaça para a França e para a Europa”.

Escapa ao Presidente francês que é precisamente por causa desta retórica ensandecida das elites europeias que Moscovo não tem opção se não reforçar as suas forças militares.

Entretanto, parece que a força aérea francesa tem munições para não mais que três dias de guerra aberta e o exército do país para não mais que algumas semanas de conflito bélico.