Enquanto toda a Europa está a manobrar para se ajustar a um mundo totalmente novo sob o presidente Donald J. Trump – e para se opor às suas políticas e iniciativas – talvez nenhum outro chefe de Estado esteja a mover-se tão freneticamente como o presidente francês Emmanuel Macron.
Líder extremamente impopular e incapaz de resolver os muitos problemas do seu país, Macron nunca perde uma oportunidade de se por em bicos de pés, fazendo de conta que é um estadista importante e fingindo que a França é relevante no panorama geo-político.
Poucos dias depois de ter lançado a sua proposta de “tréguas exploratórias de 30 dias entre a Rússia e a Ucrânia” – uma ideia universalmente rejeitada – Macron foi à televisão para partilhar com os seus compatriotas – e com a multidão de ilegais que acampou no país – uma série de novas ideias belicistas, que seriam perigosas se alguém as levasse a sério.
Durante o discurso de ontem, atacou os EUA e a Rússia, dizendo que o futuro da Europa e a sua segurança “não podem ser decididos em Moscovo ou em Washington”, numa crítica clara ao processo de paz russo-americano.
O presidente francês apelou a um “apoio a longo prazo” ao regime de Zelensky, incluindo o “envio de tropas europeias para a Ucrânia” para fazer cumprir o cessar-fogo, abrindo também a perigosa janela do conflito nuclear com a Rússia:
“Decidi iniciar discussões estratégicas sobre a protecção dos nossos aliados no continente europeu com armas nucleares francesas.”
🇪🇺🇫🇷 Macron announced that he had decided to open a discussion on the use of France’s nuclear weapons to protect the entire EU pic.twitter.com/jiXvyP0ZuP
— Lord Bebo (@MyLordBebo) March 5, 2025
Depois de afirmar, mentindo descaradamente, que o impulso para o rearmamento não trará um aumento de impostos para os europeus, o anão Napoleão avisou os franceses para a possibilidade de que os EUA não permaneçam como aliados do seu belicismo histérico.
“Quero acreditar que os EUA vão continuar ao nosso lado, mas temos de nos preparar para o facto de não ser esse o caso. Aconteça o que acontecer, temos de nos equipar mais. Continuamos ligados à NATO, mas temos de reforçar a nossa independência, defesa e segurança.”
Anunciando que planeia realizar uma reunião de todos os chefes do exército europeu em Paris, na próxima semana, para “garantir a paz futura na Ucrânia”, prometeu que a França vai dar “passos decisivos” na cimeira de quinta-feira enquanto demonizava a Rússia, como todos os globalistas adoram fazer.
“A Rússia transformou a guerra da Ucrânia num conflito global. Continua a armar-se, gastando mais de 40% do seu orçamento para esse fim. (…) Até 2030, a Rússia planeia aumentar o seu exército para ter mais 300 mil soldados, mais 3 mil caças a jacto – quem pode acreditar que, neste contexto, a Rússia vai parar na Ucrânia? (…) A Rússia tornou-se e continuará a ser uma ameaça para a França e para a Europa”.
Escapa ao Presidente francês que é precisamente por causa desta retórica ensandecida das elites europeias que Moscovo não tem opção se não reforçar as suas forças militares.
Entretanto, parece que a força aérea francesa tem munições para não mais que três dias de guerra aberta e o exército do país para não mais que algumas semanas de conflito bélico.
Relacionados
10 Mar 25
Síria: regime jihadista patrocinado pela CIA e pela Turquia executa milhares de cristãos.
A tribo de assassinos que a CIA, o estabelecimento ocidental e o senhor Erdogan colocaram no poder na Síria já começou a debitar o terror para o qual está genética e culturalmente programada. E os cristãos, como sempre no Médio Oriente, são os primeiros a morrer.
7 Mar 25
Napoleão sem asas: Força Aérea Francesa só pode combater durante três dias antes de ficar sem munições.
Contrastando com a belicosa fanfarronice de Emmanuel Macron, as forças armadas francesas só têm munições para "umas poucas semanas" de combate. E a Força Aérea para não mais que três dias. Deve ser para este lado que Vladimir Putin dorme melhor.
4 Mar 25
Administração Trump suspende toda a ajuda militar à Ucrânia, incluindo armas em trânsito.
Depois do cataclismo diplomático da passada sexta-feira e de Zelensky insistir na insolência, afirmando que o fim da guerra com a Rússia está 'muito, muito longe', Donald Trump suspendeu toda a ajuda militar à Ucrânia.
27 Fev 25
Zelensky estabelece um preço para a sua demissão: A Terceira Guerra Mundial.
O Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse que se demitiria se a Ucrânia fosse autorizada a aderir à NATO, uma circunstância que quase certamente arrastaria a aliança atlântica para um conflito directo com a Rússia.
25 Fev 25
A posição americana sobre a Guerra na Ucrânia, explicada por JD Vance.
JD Vance publicou no X dois textos sobre a posição da actual administração dos EUA sobre a Guerra na Ucrânia. Dada a sua pertinência no contexto da política internacional contemporânea, traduzimos esses textos.
14 Fev 25
Chefe do Pentágono: EUA não enviarão tropas para a Ucrânia para fazer cumprir o cessar-fogo.
Para choque e horror dos globalistas europeus, Pete Hegseth confirmou que as forças americanas não farão parte de qualquer eventual missão de manutenção da paz na Ucrânia, rejeitando ainda o envolvimento da NATO no processo.