O artigo de hoje é curto e grosso, directo tal qual o soco que a nova “União Soviética”, gentilmente denominada “União Europeia”, desferiu nas fuças deste ContraCultura: não foi a lagartixa humana Mark Zuckerberg quem ordenou ou ordena as censuras que ocorrem no velho continente; ele apenas fingiu não ver, “fez a egípcia” como se diz no Brasil e, docemente constrangido, deixou-se tesourar pela sanha comuno-globalista dos ditadores da mais excusa das federações de países no planeta.

Uma decisão arbitrária, sem nenhum fundamento – e repito, nenhum, pois alegações pífias e porcas de direitos autorais, se aplicadas à extinção de uma página na internet, remetem diretamente à desproporcionalidade das penas em relação ao (suposto) delito. Ainda assim, tais e esfarrapadas desculpas foram apresentadas pelo Facebook, após limar as páginas do ContraCultura da rede. O verdadeiro culpado, entretanto, jaz oculto e sorridente em Bruxelas, nos escritórios do Soviet Supremo Europeu.

Cá em meus tristes trópicos, teimo em pensar que os europeus insistem em debochar dos tiranetes das republiquetas de bananas da América do Sul – em especial, do Brasil – enquanto fingem não ter escutado o discurso de J.D. Vance, verdadeiro “pito” passado aos luzidios e perfumados dignitários presentes, ou seriam obrigados a ver – e reconhecer – que tais “ditaduras de bananas” não ocorrem apenas nos suarentos trópicos: o mesmo se dá nas chiques e sofisticadas avenidas europeias, ornadas com um misto de pequenas “liberdades” e consumismo afoito, para alegrar seus súditos.

As dimensões de tal vexame europeu – acomodação e omissão convenientes e lucrativas – pode ser observada neste momento, onde os tiranetes da União Euro-Soviética batem cabeças uns contra os outros, apressados que estão em rearmarem seus países após décadas contando com um “irmão mais velho” – os EUA – para se defenderem e, melhor que tudo, posarem de “pacíficos e sofisticados”, deixando o trabalho sujo para os ianques.

Toda e qualquer censura é inadmissível. Toda e qualquer palavra tolhida é uma violência inaceitável. E mais inaceitável ainda é a triste cena de uma Europa, berço e inventora da civilização ocidental, aceitar com passividade bovina tais absurdos.

Talvez a única coisa certa feita pelo Reino Unido nos últimos tempos – ainda que por motivos errados – tenha sido o “Brexit”. Que a Europa acorde e exija, de seus representantes eleitos, um “Eurexit”, libertando-se da mais sinistra, pérfida e insidiosa das ditaduras: o cárcere comuno-globalista.

Você não terá nada e será feliz, dizem.

Agora, sequer o ContraCultura no Facebook tem. E isso é só o início.

Acorda, Europa.

 

 

WALTER BIANCARDINE
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Walter Biancardine foi aluno de Olavo de Carvalho, é analista político, jornalista (Diário Cabofriense, Rede Lagos TV, Rádio Ondas Fm) e blogger; foi funcionário da OEA – Organização dos Estados Americanos.

As opiniões do autor não reflectem necessariamente a posição do ContraCultura.