Desde o momento em que o actual Presidente dos EUA entrou a cambalear no estúdio da CNN, tornou-se óbvio para toda a gente que ia ser uma noite difícil para Joe Biden. Pela primeira vez na vida de Donald Trump, ele não era o centro das atenções no palco, com o público americano e, na verdade, todo o mundo, fixado na questão de saber se Joe Biden estava ou não apto a cumprir outro mandato.

Como se ainda não fosse suficientemente claro, essa questão foi finalmente resolvida na noite de ontem.

No momento em que publicamos este artigo, os estrategas da campanha de Biden estão a culpar “uma constipação” pelo desempenho miserável e agonizante de Joe, enquanto o aparelho democrata está a desenterrar obscuras soluções normativas, numa tentativa de expulsar o seu candidato e substituí-lo na convenção de Chicago, no final de Agosto.

As análises ao debate, mesmo aquelas produzidas pelos até aqui indefectíveis apoiantes de Biden, são quase todas incrivelmente críticas da penosa prestação do actual “líder do mundo livre” (esta expressão dá vontade de rir). Na noite de quinta-feira, Joe Biden foi um desaste com pernas (bambas), balbuciando frases incompletas ou ininteligíveis, informações explicitamente falsas, contradições gritantes e pontos de vista desviados de qualquer indício de sanidade mental, enquanto Trump se limitava a observar o deprimente espectáculo, por vezes parecendo mesmo preocupado com o bem-estar do rival.

Nos poucos momentos em que se deu ao trabalho de alfinetar o seu adversário, Trump disse aquilo que toda a gente estava a pensar:

“Não sei mesmo o que ele disse no fim da frase, e acho que ele também não”.

 

 

De facto, milhões de americanos podem muito bem ter dito algo do género, enquanto assistiam, aterrorizados, a um debate que não foi um debate, que foi um acto de crueldade exercida sobre um homem enfermo; que foi uma espécie de apocalipse, enquanto viam o seu Presidente confuso, irado, débil e incapaz de concluir muitos dos seus argumentos sem se contradizer, sem se afastar completamente da linha de pensamento e sem conseguir terminar as suas caóticas linhas de raciocínio, parando as frases a meio, quase parecendo consciente da sua incapacidade para estar ali a discutir política, como candidato a uma eleição presidencial.

Isto já para não falar nas conclusões que os outros líderes mundiais tiraram depois de assistirem a este crepúsculo da razão e do senso comum. Joe Biden só é presidente dos Estados Unidos da América porque os Estados Unidos da América são uma nação doente e frágil como o seu líder.

 

 

Os democratas estão agora em pânico. Depois de passarem anos a clamar que Donald Trump era demasiado estúpido para ser presidente, não foram capazes de melhor do que enfiar na Casa Branca um homem que, mesmo quando ainda são de mente nunca foi propriamente um génio e que já em 2020 não tinha, claramente, condições intelectuais para exercer o cargo. Ainda assim, tentaram impor à América e ao mundo mais quatro anos disto, simplesmente para preservar o seu poder político. Agora, são forçados a alterar, da noite para o dia, a lamentável estratégia, definitivamente exposta por aquilo que é, ao vivo e a cores.

Uma coisa é certa: Só muito dificilmente Joe Biden será o candidato democrata às presidenciais de Novembro. Resta saber que coelho satânico vão os poderes instituídos em Washington tirar da cartola.