Um relatório oficial divulgado esta semana confirmou que o Serviço Nacional de Saúde britânico (NHS) infectou dezenas de milhares de pessoas com doenças, incluindo o VIH e a hepatite.
A partir da década de 1970 e até ao início da década de 1990, o prestador público de cuidados de saúde tratou vítimas de acidentes, mães que tinham dado à luz recentemente, hemofílicos, crianças e outros pacientes com ‘concentrado de factor’. Este produto sanguíneo era obtido a partir do plasma concentrado de milhares de dadores.
O facto destes produtos, muitas vezes importados dos EUA sob os nomes de Factor VIII e Factor IX, recorrerem a tantos dadores aumentou consideravelmente as suas hipóteses de serem contaminados por doenças. O risco foi exacerbado pelas contribuições de toxicodependentes e prisioneiros americanos que eram pagos para doar sangue e cujos lotes não eram muitas vezes testados.
Em 1983, já era evidente que as pessoas estavam a ser infectadas. O Dr. Spence Galbraith, especialista em doenças infecciosas, pediu que os produtos sanguíneos dos EUA fossem retirados até que as questões relacionadas com a infecção pelo VIH fossem melhor compreendidas. Foi ignorado. O NHS só começou a tratar os produtos sanguíneos para reduzir o risco de infecções em 1985.
O presidente do Inquérito ao Sangue Infectado, o juiz Sir Brian Langstaff, descreveu o escândalo como “horrível” e confirmou que o governo e as autoridades sanitárias se envolveram em “autênticas fraudes” num esforço para encobrir o caso, incluindo a destruição de documentos:
“Esta catástrofe não foi um acidente. As infecções ocorreram porque os responsáveis – médicos, serviços de sangue e sucessivos governos – não colocaram a segurança dos doentes em primeiro lugar.”
O inquérito presidido por Langstaff, que demorou cinco anos a ser concluído, só foi autorizado em 2017, uns incríveis 47 anos depois dos primeiros casos de infecção. O juiz declarou que o processo de investigação foi prejudicado pela “atitude defensiva institucional” por parte do NHS e do governo, bem como pela passagem do tempo. Muitas pessoas relevantes morreram antes do inquérito ter início, ou alegaram que eram demasiado velhas para testemunhar.
Sue Wathen, da campanha Tainted Blood, congratulou-se com as conclusões do inquérito, afirmando:
“Temos sido enganados durante gerações e este relatório põe um fim a isso”.
Das mais de 30.000 pessoas que se crê terem sido infectadas pelo Serviço Nacional de Saúde, quase 400 eram crianças. Muitas delas morreram antes ou pouco depois de atingirem a idade adulta. Cerca de 3.000 pessoas morreram no total, sem nunca terem sido indemnizadas.
Até agora, foram pagas indemnizações provisórias no valor ridículo de 100.000 libras (~130.000 Euros) a cerca de 4.000 doentes infectados e familiares sobreviventes. No entanto, nenhum funcionário do governo ou da saúde, actual ou anterior, foi processado.
Mais um ficheiro para o gordo dossier da relação tóxica que o estado mantém com os cidadãos. E da inimputabilidade crónica dos criminosos de colarinho branco que infectam os corredores do poder político e burocrático.
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