Um vídeo gravado sem conhecimento do visado pela Sound Investigations, mostra o ex-funcionário do FBI e actual oficial contratado da CIA, Gavin O’Blennis, a afirmar que havia pelo menos 20 agentes do FBI na multidão que se amotinou a 6 de Janeiro de 2021. O’Blennis também revelou que a agência está por trás da acção judicial interposta pela família de Sandy Hook contra Alex Jones e que a agência conseguiu o que queria: “tirar-lhe todo o dinheiro”.
A nova reportagem da Sound Investigations com O’Blennis foi gravada nos dias 15, 22 e 28 de Março. O funcionário dos serviços de segurança federais disse ao jornalista infiltrado que tinha sido funcionário do FBI e que é um oficial contratado da CIA. O seu perfil no LinkedIn diz que trabalha no Departamento de Segurança Interna dos EUA desde Dezembro de 2022.
Várias teorias da conspiração confirmadas num instantinho. https://t.co/agMDMQrjf1
— ContraCultura (@Conta_do_Contra) April 9, 2024
O’Blennis disse ao jornalista disfarçado que os agentes do FBI estão sempre presentes nas multidões durante os protestos na capital do país, que tinham cerca de 20 infiltrados no Capitólio, a 6 de Janeiro, e que conhecia pessoalmente alguns deles.
“Quero dizer, estou a falar que eles talvez tivessem 20 [agentes].”
Ele também disse ao jornalista que, após o incidente, o FBI não queria que ninguém soubesse que havia agentes no meio da multidão. Quando lhe perguntaram se existia o risco dos manifestantes descobrirem a verdadeira identidade dos agentes, O’Blennis disse:
“Não, e provavelmente nunca irão descobrir”.
O jornalista perguntou a O’Blennis sobre o envolvimento do FBI no processo de difamação contra Alex Jones. O’Blennis respondeu:
“A agência pode pôr qualquer um na cadeia”.
Quando perguntado se a agência também faz com que activistas pró-vida sejam presos, O’Blennis respondeu:
“Podem pôr qualquer pessoa na cadeia se souberem o que fazer”.
“Como?” perguntou o repórter da Sound Investigations. O’Blennis retorquiu:
“Tramamo-los. Cria-se uma situação em que eles não têm outra hipótese senão agir por impulso. E quando agem de acordo com esse impulso – alguns chamam-lhe armadilha – estão no fio da navalha”.
Quando lhe perguntaram se o FBI monta essas armadilhas com frequência, O’Blennis respondeu afirmativamente, acrescentado:
“Chegamos muito perto. Chegamos o mais perto possível sem o fazer. Chamamos-lhe um ‘empurrão'”.
O ex-funcionário do FBI revelou que a agência publica “posts falsos” nas redes sociais para provocar cidadãos e obter a reacção desejada. Acrescentou que, quando chegam a esse ponto, “já conhecem o seu historial” e “sabem tudo sobre a pessoa”.
Quando questionado se esse método poderia levar à realização de manifestações e protestos, o ex-funcionário do FBI disse que às vezes isso poderia ocorrer.
O’Blennis disse que o FBI estava “atrás de Alex Jones a sério”, mas agora já não “porque ele está falido” após o processo de difamação de Sandy Hook. O funcionário da CIA sublinhou que a agência queria calar Jones e conseguiu-o.
Nessa altura, o interlocutor da Sound Investigations perguntou:
“E o objectivo com ele era qual? Apenas levá-lo à falência?”
O’Blennis respondeu:
“Basicamente, e deixámos que as famílias [de Sandy Hook] o fizessem. Não encorajamos as pessoas, apenas dizemos: ‘Não há nenhuma lei federal a ser violada, mas têm a opção de um processo civil. E é um caso bastante bom, na nossa opinião.'”
Inquirido se o FBI “encorajaria” outros processos civis, disse:
“Sim, quando, por exemplo, não há nada a nível federal que possamos fazer. Mas, em termos civis, podemos atingi-los dessa forma”.
O repórter resumiu a circunstância:
“Basicamente, os cidadãos fizeram o vosso trabalho?”
O’Blennis respondeu com um peremptório “sim.”
Alex Jones foi condenado a pagar 1,5 mil milhões de dólares às famílias de Sandy Hook numa decisão inicial, mas depois fez um acordo para pagar “apenas” 85 milhões ao longo de 10 anos pelo caso de difamação. Inicialmente, ele havia dito que o tiroteio na escola primária de Sandy Hook era uma farsa, embora depois se tenha retratado e pedido desculpas.
Seja como for, esta conversa é bem elucidativa sobre o comportamento do FBI e como estes agentes de segurança e inteligência se sentem à vontade para realizar operações que estão longe de cumprir os mínimo critérios éticos, visando descaradamente cidadãos pelas suas convicções ideológicas, perseguindo-os por delito de opinião e conduzindo-os a situações em que podem ser incriminados.
Relacionados
1 Abr 25
Marine Le Pen condenada a 4 anos de prisão e a 5 anos de interdição de actividade política num caso gritante de perseguição judicial.
Marine Le Pen, a mais popular líder política francesa, foi condenada a 4 anos de prisão e 5 anos de suspensão da actividade política, num processo kafkiano. Qualquer europeu que nesta altura acredite que vive em democracia está em definitivo alienado da realidade.
31 Mar 25
Administração Trump: Europa não tem capacidade militar para derrotar os Houthis.
A Europa é superada pelas capacidades balísticas dos houthis, segundo mensagens trocadas entre altos quadros do gabinete de Donald Trump, que pretendem inclusivamente facturar os custos do ataque ao Iémen às nações do velho continente.
31 Mar 25
Scott Adams sugere a criação de um ‘Departamento de Preocupações Imaginárias’ para lidar com as falsas ameaças da esquerda americana.
O criador de 'Dilbert', teve uma ideia brilhante, ao sugerir a criação de um 'Departamento de Preocupações Imaginárias' para lidar com as arrelias dos democratas sobre o apocalipse climático, as ameaças à democracia ou o conluio de Donald Trump com o Kremlin.
28 Mar 25
Zelensky diz que diplomata de Trump “é bom no imobiliário”, mas que “isto é diferente”, e que Putin vai morrer “em breve”.
O presidente ucraniano parece estar a acusar o abuso de cocaína, e decidiu insultar os americanos, Donald Trump e o seu emissário Steve Witkoff, de uma assentada. Não admira que a diplomacia de Kiev aposte agora tudo num suposto cancro de Putin.
27 Mar 25
Marco Rubio suspende contratos da USAID no valor de dezenas de biliões de dólares.
No seguimento do trabalho de auditoria do DOGE, o secretário de Estado Marco Rubio anunciou que rescindiu cerca de 5.200 contratos - no valor de dezenas de biliões de dólares - pertencentes à Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional.
27 Mar 25
A perseguição dos cristãos na Síria é o fruto podre da política externa dos EUA.
O genocídio que está a ser cometido pelo novo regime islâmico da Síria sobre a população cristã autóctone é o resultado directo da política externa de longa data dos Estados Unidos no Médio Oriente e do financiamento de milícias radicais islâmicas pela CIA e o Pentágono.