Enquanto na Europa as elites sonham com uma guerra com a Rússia, os falcões do unipartido de Washington torcem por um conflito com o Irão. Na verdade, trata-se da mesma guerra: a que permite matar a sede de sangue das cúpulas de poder no Ocidente, que, de forma a encontrarem maneiras de contrariar as ondas de insatisfação popular que lhes roubam o sono, precisam desesperadamente de emergências, cisnes negros, apocalipses climáticos ou nucleares, conflitos militares e desgraças de toda a ordem para dominar as massas sob o jugo do medo.

Teoria da conspiração? Completa e assumidamente. Porque na segunda década do Século XXI não há outra maneira de chegar à verdade dos factos.

 

 

Tucker Carlson sabe da verdade destas palavras e pergunta-se: o que é que os três soldados americanos que foram mortos no domingo na Jordânia, perto da fronteira Síria, estavam lá a fazer? Como é que a sua presença nesta zona do globo promove os interesses dos Estados Unidos? Terão morrido em vão? Qual é afinal a agenda da política externa do regime Biden?

Em vez de dar um passo atrás e considerar a possibilidade de diminuir as tensões no Médio Oriente, os belicistas de Washington, como John Cornyn e Nikki Haley, apelaram imediatamente a que os EUA iniciassem uma guerra com o Irão.

 

 

Os mesmos políticos que nada fazem para proteger a sua fronteira com o México estão enlouquecidos pela integridade territorial de países estrangeiros. John Cornyn, que por acaso até é senador pelo Texas e que sabe perfeitamente que o seu estado foi de tal forma agredido pela imigração ilegal que os serviços públicos deixaram simplesmente de funcionar, sobrelotados que estão pelas necessidades materiais, sanitárias, médicas e de assistência social dos milhões de migrantes que invadem o estado a cada ano, e cujas tensões na área fronteiriça podem conduzir a um conflito entre a administração federal e o governo estadual de consequências imprevisíveis, só tem uma preocupação: abrir uma frente de guerra no Médio Oriente.

Mas ao contrário de Cornyn e Haley, o veterano de combate Joe Kent, que Carlson convidou para uma breve conversa, sabe o que é participar numa guerra e reconhece como seria obviamente terrível um conflito armado com o Irão.

Joe Kent fez 11 missões de combate no Exército dos EUA. A sua mulher Shannon foi morta a servir na Síria. Eis a sua visão informada do que essa guerra vai significar.

 

 

Não há maneira de nos livrarmos de uma vez por todas destes demónios.