O Reverendo Brett Murphy está metido em sarilhos grandes por ter publicado um vídeo em que critica a decisão da Igreja Anglicana por ter nomeado um arquidiácono transgénero, observando que a pessoa em causa é “biologicamente um gajo”. O clérigo critica também a igreja por colocar “um activista radical do arco-íris” numa “posição de grande autoridade numa diocese”.

Murphy demitiu-se do seu cargo no início deste ano, mas enfrenta agora uma repreensão oficial, segundo o The Telegraph.

No vídeo, Murphy afirma:

“Se fores um complementarista, podes revirar os olhos ao ver que outra feminista está a obter uma posição proeminente de alto nível na CofE, mas isto é pior do que isso. A reverenda Rachel Mann é, de facto, biologicamente, um gajo que se identifica e vive como mulher”.

O Reverendo questiona também o senso da liderança da igreja, que estará  a “posicionar” o clérigo transexual para se tornar a “primeira bispa transgénero de sempre”, observando que alguns veriam tal nomeação como “uma completa rebelião contra a palavra de Deus”.

Comentando a acção disciplinar, que poderá levar a um estigma permanente no seu perfil de clérigo e à interdição de exercer o seu ministério, Murphy declarou:

“Como ministro cristão, é meu dever proclamar o evangelho sempre que posso. Não peço desculpa por isso. A decisão da Igreja de Inglaterra de me investigar e perseguir por ter afirmado a verdade biológica reforçaram e justificaram todas as preocupações que levantei no vlog original”.

Murphy acrescentou ainda:

“A reabertura da queixa expõe especialmente a vontade da Igreja de Inglaterra de censurar e banir qualquer voz dissidente que não concorde ou celebre a ideologia LGBT extrema”.

Eis o vídeo em causa:

 

 

Como o Contra já documentou, a igreja anglicana está de tal forma infestada de ideologia woke que considerou a possibilidade de retirar a frase “Pai nosso” do início do Pai Nosso e de instruir o clero a não utilizar pronomes masculinos quando se fala de Deus.

Algumas igrejas do Reino Unido chegaram ao ponto de apagar as referências à natividade e a Jesus numa canção de Natal, substituindo-as por uma celebração das pessoas “queer”.

Em Julho do ano passado, a Igreja Anglicana recusou-se a definir o que é uma mulher, afirmando que não tinha qualquer definição nos seus livros, apesar de ainda se opor ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. Em 2021, anunciou que estava a introduzir quotas para o clero negro e étnico para abrir caminho à “formação antirracismo” na Igreja, bem como para “contextualizar as estátuas da igreja que possam causar ofensa”. No início deste ano, criou um fundo de 100 milhões de libras para “resolver os erros do passado da escravatura”, mesmo quando alguns edifícios da igreja estão literalmente a cair aos bocados.