Uma nova investigação que reexamina o modelo matemático por trás das alegações que as vacinas Covid salvam vidas descobriu que esse modelo é profundamente falho e “deve ser invalidado”.

Conduzido pelos investigadores Denis Rancourt, PhD, e Joseph Hickey, PhD, o estudo analisou especificamente as afirmações feitas pela revista The Lancet no início do lançamento da Operação Warp Speed num artigo que foi citado mais de 100 vezes. Não por acaso, esse paper da Lancet foi financiado pela Fundação Bill & Melinda Gates.

O ex-presidente dos EUA Donald Trump, que teima em orgulhar-se das “suas” vacinas, também cita rotineiramente as afirmações publicadas nesse paper, quando afirma que o processo de que a sua administração motorizou salvou milhões de vidas.

De acordo com a reanálise de Rancourt e Hickey, as taxas de mortalidade observadas durante a “pandemia” teriam sido as mesmas sem as vacinas. Por outras palavras, o excesso de mortes teria sido praticamente o mesmo de qualquer maneira.

Na sua conclusão, Rancourt e Hickey afirmaram que os autores do estudo da Lancet, fizeram “afirmações fantásticas de milhões de vidas salvas” que são “altamente improváveis” e “não têm qualquer ligação com a mortalidade real”. Em vez disso, escrevem eles, o artigo faz suposições “loucas” na promoção das terapias genéticas de tecnologia mRNA.

 

O processo de “revisão por pares” falhou mais uma vez

A descoberta de Rancourt e Hickey lança outra enorme sombra de dúvida sobre a legitimidade do chamado processo de “revisão por pares” que foi usado no estudo da Lancet para supostamente verificar as suas afirmações.

O facto dos revisores terem entendido as coisas de forma tão errada, neste caso, apenas mostra que o processo de validação das publicações científicas é actualmente muito pouco fiável.

Como o ContraCultura já documentou, a maioria dos documentos de pesquisa científica que são publicados apresentam falsos resultados. Num famoso ensaio que até já data de 2005, John P. A. Loannidis demonstrou estatisticamente o facto. Sendo que a margem de erro aceite pela comunidade científica ronda os 20%, a verdade é que a percentagem de negativos e falsos positivos ultrapassa largamente esse limite e pode até atingir valores inversos (80% de papers que apresentam conclusões erradas, 20% que apresentam conclusões certas), dadas as condições entrópicas ideais, como a presença de preconceitos, a multiplicação de variáveis em análise, um número acima da média de teses erradas antes da publicação, fontes já de si corrompidas pelos erros anteriores e etc.

Num recente livestream do Gigaohm Biological de Couey, Rancourt denunciou a circunstância do  Prémio Nobel estar a ser usado para “validar” as afirmações do estudo da Lancet:

“O Nobel é um poderoso instrumento político, um instrumento para o estabelecimento de propaganda que procura convencer as pessoas a considerar certos conceitos como absolutamente verdadeiros, como avanços absolutos do conhecimento humano. Isso impacta não apenas o público em geral, mas também os próprios cientistas.”

Foi no momento em que os vencedores do Prémio Nobel de 2023 foram anunciados que a imprensa corporativa começou a fazer afirmações dogmáticas sobre os milhões de vidas salvas pelas vacinas. Foi também nesse momento que Rancourt e Hickey decidiram examinar mais profundamente as afirmações do estudo da Lancet.

O que descobriram é que o referido artigo representa “o oposto da boa ciência”, não porque os cálculos matemáticos estivessem errados, mas sim porque a equipa de investigadores não fez qualquer tentativa para examinar se as suposições por trás do referido modelo eram lógicas, ou se as suas previsões eram “razoáveis ​​e realistas”.

Rancourt pergunta-se, legitimamente:

“Como é que isto passou pela revisão por pares? Quem eram esses revisores? Como puderam ser tão cegos e incompetentes em relação ao que alguns autores estão a fazer, e que é completamente novo e completamente fabricado?”

Como outras muitas perguntas certeiras sobre as vacinas Covid, estas vão também ficar por responder. Até um dia.