Os responsáveis pelas escolas públicas no estado do Oregon decidiram que a proficiência em leitura, escrita e matemática não deve ser avaliada nos testes, argumentando que as crianças das minorias étnicas não têm bons resultados nessas vertentes do ensino, pelo que os padrões de avaliação dos alunos são “discriminatórios”.

Sim, é verdade.

 

 

O Conselho Estadual de Educação votou pela suspensão por cinco anos da necessidade de comprovar habilitações em competências essenciais, por causa da “equidade”.

Os padrões foram suspensos durante a pandemia, mas simplesmente não serão trazidos de volta até 2027, pois foram considerados “prejudiciais” para estudantes negros, estudantes com deficiência e aqueles que aprendem inglês como segunda língua, segundo observa o relatório. O racismo desta asserção é arrepiante: estes burocratas estão muito simplesmente a passar um atestado de estupidez a todas as crianças não brancas do Oregon.

 


Os membros do conselho afirmam que os testes padronizados exigidos pelo estado ainda serão administrados à maioria dos estudantes do ensino secundário no Estado, mas não serão utilizados para determinar se um estudante tem as competências necessárias para a graduação.

Vicky López Sánchez, membro do conselho estadual e reitora do Portland Community College, disse durante uma reunião, parte da qual é destacada no vídeo em baixo:

“A única coisa que suspendemos é o uso inadequado dessas avaliações.”

Outro presidente do conselho, Martinez Zapata, descreveu a oposição à mudança como uma “campanha de desinformação” e “acrobacias mentais de qualidade artística”, alegando ainda que os argumentos contra a eliminação dos padrões estão enraizados em

“análises míopes, intolerância e superioridade racial.”

Portanto: os pais que esperam que os seus filhos aprendam nas escolas do Oregon ferramentas essenciais para o seu futuro, como o domínio da língua inglesa e os fundamentos da artimética e da matemática, são supremacistas brancos.


A decisão provocou, naturalmente, uma reacção feroz da parte dos encarregados de educação e de vários sectores da sociedade. A ex-candidata a governadora do estado, Christine Drazan, comentou:

“Não é preconceituoso nem é racista querer que um aluno seja capaz de aprender. Em algum momento o diploma escolar vai acabar por parecer-se muito mais como um prémio de participação do que com um certificado que mostra que alguém está realmente preparado para procurar um futuro melhor.”

Drazen afirmou ainda que

“O conselho não discutiu a sua responsabilidade pelo baixo desempenho académico no nosso estado. Em vez disso, atribuíram a culpa a uma ferramenta usada para medir a capacidade de um aluno ler, escrever e fazer contas. É decepcionante que estes burocratas não eleitos tenham decidido ignorar os comentários públicos e continuar num caminho que negligencia a sua responsabilidade de ajudar os estudantes a atingir padrões elevados.”